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6 de out. de 2011

Bonanza

     Quando abriu sua primeira mercearia em Caruaru, no agreste pernambucano, em 1958, Djalma Cintra não imaginava que dali surgiria o Grupo Bonanza, com tentáculos no varejo e no atacado, com faturamento indo em direção ao meio bilhão de reais. A rede Bonanza de supermercados, com 14 lojas no interior de Pernambuco e em Patos (PB), deve seu nome a uma sacada de marketing instintivo do fundador, fã do seriado americano Bonanza, exibido no Brasil pela TV Tupi, quando foi inaugurada a primeira loja, em 1976, no lugar da antiga padaria Rainha do Agreste, sucessora da mercearia. Assim como na série de episódios do Velho Oeste, o pai atua ao lado de três filhos, só que na versão supermercadista à pernambucana, um deles é uma mulher, a diretora de Marketing, Rita Cintra.
     Os Cintra ainda assistem juntos ao seriado, compactados em DVDs adquiridos por um dos filhos numa viagem aos Estados Unidos. Mas muita coisa mudou na saga da família que, como seus ídolos da TV, domou a aridez da terra abrindo espaço no varejo e com a criação de 1.100 empregos. No atacado são outros 600, distribuídos nas duas unidades em Caruaru e Campina Grande (PB) da Multi Distribuidora.
     O roteiro de sucesso que, como em tantos grandes grupos nacionais, começou pequeno, focalizando os fregueses do lugar, hoje cresce com olhos abertos para a expansão e a modernização. Segundo a visão do empresário, independente da localização da empresa no interior, é necessário agir como se estivesse em São Paulo ou qualquer outro lugar do país, capacitando não só a diretoria e gerência, mas todo o pessoal pois a concorrência é com "players" mundiais, como o Atacadão (Carrefour), Makro e Bompreço (Walmart).
(Fonte: jornal Gazeta Mercantil - 26.08.2006)

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