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6 de out. de 2011

Gurgel Motors

          Sonhada montadora de automóveis verde-amarela, a Gurgel foi idealizada pelo engenheiro e empresário paulista João Augusto Conrado do Amaral Gurgel na década de 1970. Foi criada em 1969 e inaugurada em 1975.
          O símbolo da marca da empresa fundada por Gurgel, trazia um G estilizado, além do nome da marca brasileira. Em 21 anos, vendeu 40 mil veículos, dos quais o mais famoso é o BR-800, jipinhos que usavam motores Volkswagen debaixo de carrocerias de plástico e de fibra de vidro e considerado na época o carro a gasolina mais econômico do mercado. Inicialmente tinha se dedicado à produção de karts.
          Gurgel era um ferrenho crítico do Proálcool. Achava que terras produtivas deveriam fornecer comida, não combustível. Hoje os carros flex prometem vida longa ao álcool. Vários países, entre os quais os EUA, querem adotar o combustível em suas frotas. Em contrapartida, Gurgel via o carro elétrico com bons olhos e desenvolveu um 1980, o Itaipu E-400, porém, a tecnologia da época não tornou possível a continuidade do projeto. A eletricidade é hoje uma alternativa para a indústria que busca combustíveis menos poluentes.
          O urbaninho tinha esse tipo de motorização, mas as baterias chumbo-ácido, muito pesadas, tornaram o projeto inviável. Era preciso ter um modelo maior para lidar de modo satisfatório com o peso extra. Foi por isso que o Itaipu E-400, primeiro elétrico de produção da Gurgel, nasceu como uma van, em 1981. Ele também seria vendido como uma picape de cabine dupla. Ele tinha 3,82 m de comprimento, mas pesava 1.470 kg, o que lhe dava uma capacidade útil de carga de apenas 400 kg. Gurgel tinha o plano de fabricar 100 por mês, mas isso foi o que o modelo vendeu em toda a sua produção, encerrada um ano depois de começar.
          O record de vendas da empresa ocorreu em 1991, quando foram produzidos 3.746 carros. Mas, tinha uma greve no meio do caminho, a de funcionários da alfândega brasileira em 1991, que impediu a chegada de componentes da Argentina. As vendas caíram para 1.671, em 1992. A quebra no ritmo de produção quebrou o fluxo de caixa da empresa e as dívidas se acumularam.
          O modelo XEF nasceu em 1984 e tinha espaço para três pessoas, uma sentada ao lado da outra. O motor, de VW Brasilia, deixava o peso todo concentrado na traseira, que tinha a mesma suspensão do Fusca. Em dias de chuva forte, o motorista se tornava passageiro. A semelhança com um Mercedes-Benz em miniatura se justificada: ele era mais caro do que um Chevrolet Monza. Isso foi o suficiente para ele sair de linha em 1986, após apenas 145 unidades fabricadas.
          Na categoria off road, a Gurgel produziu o X-12/Tocantins. Embora não tivesse tração nas quatro rodas, o modelo tinha ótimo desempenho off road, sendo utilizado até hoje pelos trilheiros; ficou em linha de 1975 a 1992.
          A Gurgel operava em nichos e não concorria diretamente com as multinacionais. O negócio afundou quando Gurgel fez elevados empréstimos para construir a nova fábrica no Ceará, que não  deu certo. Ele queria desenvolver um carro popular chamado Delta.
          Em 1993, a Gurgel Motors pediu concordata e a falência foi decretada no ano seguinte, 1994. A empresa encerrou sua atividade em 1996.
          A fábrica situava-se em São Carlos, interior de São Paulo e o terreno e galpão, onde nasceu o primeiro carro brasileiro, o Gurgel, passam por processo de leilão e o dinheiro será usado para pagar os 900 ex-funcionários que não receberam os direitos trabalhistas.
(Fonte: Wikipédia / Autocar - msn - 31.07.2018 / msn - 28.09.2018 - partes)
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16. Gurgel XEF - 145 unidades


Talvez pela demanda baixa, talvez pelo baixo poder aquisitivo dos brasileiros, os urbaninhos estão entre os modelos mais raros já feitos no país. Quem podia pagar por um carro normalmente queria o maior modelo que pudesse levar para casa. Isso deixava os “segundos carros” apenas para aqueles que podiam ter mais de um. Além do Emis Art, outro dos representantes da classe foi o Gurgel XEF. Um modelo com possibilidades muito maiores de vendas, mas que, curiosamente, se saiu pior do que o urbaninho do Rio
O XEF nasceu em 1984 e tinha espaço para três pessoas, uma sentada ao lado da outra. O motor, de VW Brasilia, deixava o peso todo concentrado na traseira, que tinha a mesma suspensão do Fusca. Em dias de chuva forte, o motorista se tornava passageiro. A semelhança com um Mercedes-Benz em miniatura se justificada: ele era mais caro do que um Chevrolet Monza. Isso foi o suficiente para ele sair de linha em 1986, após apenas 145 unidades fabricadas

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