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1 de out. de 2011

Wizard

          A rede de ensino Wizard foi criada em 1987, como um método licenciado apenas para professores. O curitibano Carlos Wizard Martins havia feito faculdade de análise de sistemas no estado de Utah, nos Estados Unidos, e era instrutor em Brigham, importante núcleo de ensino de 85 idiomas. Voltou impressionado com o boom das franquias naquele país e com a ideia de abrir uma rede de franquias e não apenas uma escola de inglês.
          Um ano depois de inaugurada já tinha 20 unidades, com um método que propunha o aprendizado de mais de cem frases em uma hora de aula. O formato de franquias surgiu em 1989. O sucesso estimulou Martins. Criador e "criatura" se misturaram. O empresário conseguiu acrescentar, judicialmente, o Wizard - que significa sábio, mago, especialista ou feiticeiro - ao próprio sobrenome.
          Em 2010 compra a rival Yázigi por 100 milhões de reais. O Grupo Multi, criado por Carlos Wizard Martins, passou a ter várias redes sob seu guarda-chuva, como Skill e SOS.
          Desde 2010, a empresa tem como sócio o fundo Kinea, que comprou 15% das ações por 200 milhões de reais.
          No final de 2013, Wizard vende seu grupo de escolas de idiomas Multi, então com 3 mil unidades e dono das bandeiras Wizard, Yázigi, Bit Company, entre outras - para a britânica Pearson por quase R$ 2 bilhões (1,3 bilhão?), a maior transação do setor já realizada no Brasil.
          Após essa venda, Martins passou a investir em vários negócios entre eles rede de lojas de produtos naturais Mundo Verde, a rede de fastfood Taco Bell, a BR Sports (dona das marcas Topper e Rainha) e a Hub Prepaid, que atua em meios de pagamento pré-pagos.
          Em meados de maio de 2017, Carlos Wizard comprou uma fatia de 35% da concorrente Wise Up por R$ 200 milhões e marcou sua volta ao mercado de escolas de idiomas - segmento do qual o empresário tornou-se conhecido e fez fortuna.
          Notar que Carlos Wizard Martins não era professor de inglês antes de virar empresário do ensino do idioma. Seu lado empreendedor falou mais alto.
          No início de junho de 2020, Carlos Wizard foi convidado para assumir o cargo de secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, que então já contabilizava a saída de dois ministros em um curto espaço de tempo em plena pandemia do Convid-19 e convivia com um ministro interino. Sobre o fato de não ter histórico no setor público ou na área da saúde, Wizard disse não ver problema e que o objetivo era ajudar na gestão. Pode ser. Mas, parece que a vida pública atrapalha alguns empresários que enveredam por seus corredores. Antes mesmo de assumir o cargo e, aparentemente sem ter tomado pé da situação da terrível pandemia, Wizard afirmou em 5 de junho que os dados atuais de casos e mortes de coronavírus eram "fantasiosos". Wizard não apresentou provas para a acusação. No domingo, 7 de junho, Wizard informou que não iria aceitar o convite e divulgou a seguinte nota: “Peço desculpas por qualquer ato ou declaração de minha autoria que tenha sido interpretada como desrespeito aos familiares das vítimas da Covid-19 ou profissionais de saúde que assumiram a nobre missão de salvar vidas”.
(Fonte: jornal Gazeta Mercantil -13.07.2005 - pág. C-6 / revista Época Negócios - março 2016 / jornal Valor - 15.05.2017 / Época - 06.06.2020 -  partes)

2 comentários:

Anselmo Rafael Franco- eternamente Servo DO RUKHA HOL HODSHUA=O ESPÍRITO O SANTO. disse...

O nome, por si só define: bruxo, feiticeiro, mago, etc. E aí que você escolhe para seus filhos?

Vejo muitas pessoas expressarem em seu tratamento até mesmo familiar : 'danado, danadinho'= 'condenado ao inferno', outro exemplo de triste falta do Conhecimento.

https://verdadesquelibertam.wordpress.com/
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Unknown disse...

Não entendo por que o dono da Wizard escolheu o nome como bruxo era um sonho dele ou que ele queria ser não entendo mas tenho perguntas e queria saber