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6 de out. de 2011

Coteminas (Springs Global)

          A Coteminas, Companhia. de Tecidos Norte de Minas, nasceu como um pequeno negócio na cidade mineira de Montes Claros, no final da década de 1960, como descrito mais adiante. O fundados, José Alencar (mais tarde senador e vice-presidente da República) era o décimo-primeiro filho de uma família de 15 irmãos. Aprendeu a ler em casa, com a mãe, e a vender com o pai, um pequeno comerciante que quebrou com o crash da Bolsa de Nova York, em 1929. Em 1950, José Alencar, ex-balconista, toma emprestado Cr$ 15 mil com o irmão Geraldo Gomes da Silva e abre a loja "A Queimadeira", em Caratinga (MG). Com apenas 18 anos de idade, ele tem de ser emancipado pelo pai para poder abrir a pequena loja onde vendia tecidos, chapéus, guarda-chuvas e armarinhos. O lugar também servia de moradia para Alencar, que comia a marmita atrás do balcão para baixar os custos e tornar a lojinha competitiva.
          Em 1967, depois de vender "A Queimadeira", Alencar envereda por várias áreas até decidir investir na Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas), em parceria com o empresário da área de beneficiamento de algodão Luiz de Paula Ferreira. Com pesados incentivos da Sudene, sua primeira fábrica de fiação e tecidos é inaugurada em Montes Claros (MG), em 1975.
          No fim de 2002, seu então presidente José Alencar deixa o cargo para assumir a vice-presidência da República. Foi quando seu filho, Josué Gomes da Silva, assumiu o cargo.
          Em 2005, a empresa adquire a Springs, maior fabricante americana de produtos têxteis e se transforma na maior companhia têxtil do Brasil, formando a Springs Global com o IPO (oferta pública de ações, na sigla em inglês) realizado no dia 27 de julho de 2007. Coube a Josué fazer a integração das empresas, o que exigiu que ele fizesse dezenas de viagens aos Estados Unidos. A reestruturação exigiu o fechamento de dez fábricas americanas, num processo de transferência da produção para o Brasil encerrado no início de 2008. Desde então, as três fábricas dos Estados Unidos que restaram são tocadas por um presidente local, o executivo americano Tom O'Connor, que antes ocupava a vice-presidência da Springs.
          Com dados de 2008, a empresa era formada por 25 fábricas espalhadas por quatro países, 15.000 funcionários e faturamento global acima de 4,4 bilhões de reais.
          Em 2009, adquiriu a rede de lojas MMartan modificando sua estratégia de vendas de multimarcas para lojas próprias e franquias.
          Em 2011, lançou as lojas próprias da marca Artex, abrindo franquias em 2015.
          A Springs Global entra, em 2016, no segmento têxtil de decoração que inclui cortinas, almofadas e edredões. Também em 2016, a empresa decidiu focar no varejo digital. Investiu pesado no site e aplicativo e, recentemente, a principal aposta é a franquia digital.
          A Springs vende sua operação americana para um grupo especializado em reestruturação de empresas. Mas ainda manteve 17 por cento da operação – esperando algum retorno financeiro futuro.
          Em 28 de junho de 2022, a Springs Global renovou a licença de uso da marca Santista com a Santista Têxtil. A renovação foi de forma gratuita e exclusiva para uso em território nacional.
          A Springs Global é dona das marcas Artex, MMartan, Santista e Casa Moyses.
(Fonte: revista Forbes Brasil - 08.11.2002 / revista Exame - 13.08.2008 / jornal Valor online - 18.11.2016 / Nord Research - 16.09.2019 / Valor - 28.06.2022 - partes).

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