Total de visualizações de página

6 de out. de 2011

Grendene

          Alexandre Grendene Bartelle e Pedro Grendene Bartelle fundaram a Grendene na pequena Farroupilha (RS), na Serra Gaúcha, em 1971. Sua primeira linha de produtos foi a confecção de embalagens plásticas para garrafões de vinho. Foi pioneira na utilização da poliamida (nylon) como matéria-prima para a fabricação de solados e saltos para calçados. Depois vieram peças para máquinas e implementos agrícolas.
          Em 1979 a empresa começa a produzir calçados e fez o lançamento da coleção de sandálias com a marca Melissa e na década seguinte foi inaugurada a matrizaria própria e o lançamento da marca Rider. Na década de 1990 foram inauguradas as unidades fabris no Ceará e o lançamento da marca Grendha. Quando a Grendene instalou a fábrica em Sobral, no interior de Ceará, em 1993, não havia ali nenhuma tradição no setor calçadista. A própria Grendene teve de produzir o PVC, sua principal matéria- prima. Em 1994, foi aberta nos Estados Unidos a Grendha Shoes, que investe regularmente para estimular as vendas dos modelos Rider e Melissa no mercado americano.
          Outros importantes passos foram dados nos anos 2000: inauguração da Galeria Melissa em São Paulo, inauguração da fábrica na Bahia e o lançamento das marcas Ipanema, Zavy e Cartago. Em outubro de 2004 a Grendene abre o capital na BM&FBovespa (vide origem da marca BM&FBovespa neste blog).
           Outros importantes passos foram dados para a consolidação das marcas: inauguração também de Galerias Melissa em Nova York e Londres e inauguração da Casa Ipanema. A criação do Clube Melissa foi de grande sucesso e já se aproxima de 200 lojas inauguradas. A Melissa também recebeu uma Pop Up Store em Miami, nos Estados Unidos e um show room em Milão, na Itália. A Grendene transformou a linha Melissa, de calçados de plástico, numa marca global que tem coleções assinadas até pelo alemão Karl Lagerfeld, estilista da grife francesa Chanel.
          Em fins de 2008, em campanhas estreladas pela modelo Gisele Bündschen, a sandália Ipanema se preparava para invadir a praia da Havaianas da Alpargatas. Até dezembro, a Grendene lançaria um modelo concebido e distribuído em parceria com a grife carioca Osklen. Em 2009, o produto chegaria a lojas como Le Bon Marché, na França, e Selfridges, no Reino Unido - nas quais a Melissa já era vendida.
          Em março de 2021, a Grendene relançou sua primeira sandália, desenvolvida na década de 1970 e conhecida como Nuar. Mas desta vez o calçado vai ser de plástico reciclado e feito com base em óleo vegetal e casca de arroz, segundo a empresa. O produto é parte de uma estratégia da fabricante de entregar apenas itens 100% recicláveis e com pelo menos 30% de material reciclado na composição.
          Em 5 de julho de 2021, a Grendene comunicou acordo com a gestora 3G Radar para a criação de uma joint venture no exterior para distribuir e comercializar produtos Grendene, dona das marcas Melissa e Ipanema.
          E agosto de 2021, a Grendene e a 3G Radar se unem na formação da joint venture Grendene Global Brands, com sede no Reino Unido. As duas companhias aportarão US$ 50 milhões na nova empresa, na proporção das respectivas participações. A Grendene deterá 49,9% do capital social, enquanto a 3G Radar 50,1%, cabendo a ela o papel de gestora.
          A Grendene possui hoje quase 24.000 colaboradores na Região Nordeste e pouco mais de 2.000 colaboradores na Região Sul. Com capacidade para 250 milhões de pares por ano, tem sua principal unidade fabril em Sobral, no Ceará. Tem também plantas industriais em Fortaleza e Crato no mesmo Estado, em Teixeira de Freitas, na Bahia e Carlos Barbosa e Farroupilha, no Rio Grande do Sul. Sua receita bruta atingiu R$ 2,7 bilhões em 2014.
(Fonte: revista Exame - 07.05.2003 / 16.03.2005 / 10.07.2014 / material de apresentação Apimec - março 2015 / Época Negócios - 10.03.2021 / Eleven Financial - 08.10.2021 - partes

Nenhum comentário: