A Leica foi fundada na Alemanha em 1914 e o apelo em torno da máquina começa em 1925, data do lançamento comercial, a Leica I, em Leipzig. Foi o primeiro modelo de câmera fotográfica compacta.
Estudiosos da fotografia afirmam que, naquela época, a mítica marca alemã já era muito sofisticada para os padrões vigentes, pelo tamanho reduzido, visor óptico embutido e velocidade de obturador que iam até 1/500 de segundo. Wetzlar é a cidade sede da fábrica germânica.
A revolução digital, porém, mudou de forma vertiginosa as características do mundo dos negócios e atropelou a Leica. O maior pecado da empresa, dona de uma marca poderosa e de um produto reconhecido por sua qualidade, foi ignorar as evidências de que o mercado mudou. Permanecendo fieal ao seu formato analógico, a Leica perdeu espaço para concorrentes que investiram pesado em equipamentos digitais. Como fruto de sua resistência, as vendas despebcaram e a companhia começou a colher prejuízos. Resultado: a Leica passou a correr o risco de fechar as portas.
Desde maio de 2005, quem assumiu o comando da empresa foi o suíço Josef Spichtig, um perito em tirar companhias da UTI. Reestruturação financeira, aumento de capital, lançamento de produtos digitais incluindo um adaptador digital para duas câmaras analógicas de seu portfólio de produtos estavam em estudo. Os especialistas, porém, acreditavam que essas iniciativas vieram tarde demais.
O caso da Leica vinha sendo encarado de forma diferente de um simples abandono de mercado, pois a marca tem um significado especial para a história da fotografia. Para várias gerações de profissionais, do americano Robert Capa ao brasileiro Sebastião Salgado, a Leica é referência de qualidade fotográfica. Um dos monstros da fotografia mundial, o francês Henri Cartier-Bresson, definia a Leica como "uma extensão do meu braço direito". Mas o fato é que nem mesmo a qualidade irretocável e o aval de celebridades conseguem salvar uma empresa da obsolescência.
Em meados de 2015, São Paulo ganha a primeira Leica Gallery da América Latina. Localiza-se na rua Maranhão, bairro de Higienópolis. É a 14ª galeria no mundo, especializada em imagens que leva o nome da marca alemã de equipamentos fotográficos.
(Fonte: revista Exame - 08.06.2005 / jornal Valor online - 27.07.2015)
Estudiosos da fotografia afirmam que, naquela época, a mítica marca alemã já era muito sofisticada para os padrões vigentes, pelo tamanho reduzido, visor óptico embutido e velocidade de obturador que iam até 1/500 de segundo. Wetzlar é a cidade sede da fábrica germânica.
A revolução digital, porém, mudou de forma vertiginosa as características do mundo dos negócios e atropelou a Leica. O maior pecado da empresa, dona de uma marca poderosa e de um produto reconhecido por sua qualidade, foi ignorar as evidências de que o mercado mudou. Permanecendo fieal ao seu formato analógico, a Leica perdeu espaço para concorrentes que investiram pesado em equipamentos digitais. Como fruto de sua resistência, as vendas despebcaram e a companhia começou a colher prejuízos. Resultado: a Leica passou a correr o risco de fechar as portas.
Desde maio de 2005, quem assumiu o comando da empresa foi o suíço Josef Spichtig, um perito em tirar companhias da UTI. Reestruturação financeira, aumento de capital, lançamento de produtos digitais incluindo um adaptador digital para duas câmaras analógicas de seu portfólio de produtos estavam em estudo. Os especialistas, porém, acreditavam que essas iniciativas vieram tarde demais.
O caso da Leica vinha sendo encarado de forma diferente de um simples abandono de mercado, pois a marca tem um significado especial para a história da fotografia. Para várias gerações de profissionais, do americano Robert Capa ao brasileiro Sebastião Salgado, a Leica é referência de qualidade fotográfica. Um dos monstros da fotografia mundial, o francês Henri Cartier-Bresson, definia a Leica como "uma extensão do meu braço direito". Mas o fato é que nem mesmo a qualidade irretocável e o aval de celebridades conseguem salvar uma empresa da obsolescência.
Em meados de 2015, São Paulo ganha a primeira Leica Gallery da América Latina. Localiza-se na rua Maranhão, bairro de Higienópolis. É a 14ª galeria no mundo, especializada em imagens que leva o nome da marca alemã de equipamentos fotográficos.
(Fonte: revista Exame - 08.06.2005 / jornal Valor online - 27.07.2015)
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