Balas Juquinha

          A empresa foi criada pelo português Salvador Pestana, numa pequena casinha do Pari, em 1945, para fabricar inicialmente suco em pó. Alguns anos depois da fundação, tornou-se atacadista que distribuía balas da então tradicional fabricante de confeitos Confiança. Mais tarde, Pestana decidiu manufaturar suas próprias balas e começou com um tacho aberto e uma mesa de mármore, onde funcionários cortavam os doces na faca.      
          O nome do produto tradicional surgiu no final dos anos 1950. Consta que Salvador Pestana – hoje aposentado e vivendo no Guarujá – pediu a opinião de um amigo de bairro chamado Juca antes de batizar as balas e este sugeriu o seu próprio. “Põe Juquinha”, e assim ficou.
          O primeiro rótulo, com o desenho de um rosto de menino, foi criado ocasionalmente por uma gráfica. Recentemente, o logotipo foi re-estilizado e modernizado, já por Giulio Luigi Sofio, italiano, nascido em 1938, que desembarcou no final dos anos 1970 no país em busca de um negócio para tocar.
          Em 1987, a fábrica foi transferida para o bairro Santa Teresinha, na Avenida dos Estados, em Santo André, no ABC Paulista. Por volta de 2005 a empresa empregava um total de 70 funcionários.
          A fabricação das Balas Juquinha sofreu descontinuidade em maio de 2015, com o fechamento da fábrica que produzia a bala, em Santo André (SP). Pouco antes de parar a fábrica, a produção era de cerca de 60 toneladas por mês, o que equivale a 10% do que era feito no auge de seu funcionamento, entre o fim da década de 1990 e o início dos anos 2000.
          Houve repercussão do fechamento até no exterior. Porém, o empresário carioca e ex-camelô, síndico do Mercadão de Madureira, Antônio Tanque, nascido em 1958 e seu filho Vítor Tanque, nascido em 1990, compraram a marca e a fórmula da guloseima de Giulio Sofio.
          Marcando o fim da amargura para os órfãos da famosa bala, desde a segunda-feira, dia 24 de agosto de 2015, a Bala Juquinha voltou ao mercado. Num primeiro momento a distribuição foi levada a cabo no Rio de Janeiro, mas logo ganhou distribuição nacional. Pelo menos por alguns períodos, depois da reativação, na região sede da fábrica por 28 anos, no Grande ABC, era difícil encontrar as balas Juquinha nas prateleiras das lojas.
          Inicialmente, a produção seria transferida para Araras, no interior de São Paulo, mas acabou indo para Lajeado, no Rio Grande do Sul, onde é feita na fábrica da Florestal Alimentos, uma das cinco maiores companhias do ramo no país.
(Fonte: jornal Gazeta Mercantil  – 16.02.2005 / Ig-Dia - 23.08.2015 / Diário de Grande ABC - 21.05.2016 - partes)