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31 de out. de 2011

123i

          O site de imóveis 123i foi criado em 2009. No ano seguinte, 2010, o Grupo Rezek, administrado por José Ricardo Lemos Rezek, dono de uma incorporadora e construtora, tornou-se sócio, comprando 15% do negócio. Hoje, ele tem uma participação de 40% do 123i.
          O 123i ganhou dinheiro até 2015 com a tradicional venda de anúncios online. Um banco de dados com milhares de imóveis em São Paulo, com uma estimativa de preço feita com base na visita de funcionários do site aos prédios e nos contatos com imobiliárias, ajudou a dar notoriedade à empresa e a aproximá-la dos grandes competidores do setor.
          O empreendedor Mauricio Meismith passa metade do dia na frente de três computadores na sala que ocupa na sede do site de imóveis 123i, em São Paulo, do qual é sócio e presidente. Ele acompanha em tempo real o desempenho das vendas de anúncios para o portal e os relatórios sobre que tipo e imóvel os clientes buscam.
          A união dos dois sócios aliou a experiência de Rezek no setor de imóveis com o conhecimento de Meismith em tecnologia. Aos 18 anos, Meismith criou um provedor de internet e, alguns anos depois, um site de hospedagem, o hpG, que esteve entre os mais acessados do país. Rezek, filho do fundador do Grupo Rezek, também começou cedo na carreira, mas por um motivo bastante particular. Quando tinha 16 anos, seu pai sofreu um acidente de carro e ficou tetraplégico. O adolescente teve de assumir os negócios.
          Um sistema de inteligência artificial ajuda a classificar o usuário em bom ou mau candidato a efetivamente comprar uma casa ou um apartamento. Todos os dados, juntamente com os contatos dos usuários, são enviados às incorporadoras e às construtoras que são clientes do 123i, entre elas Gafisa, Tecnisa e Cyrela.
          Considerando dados de março de 2018, o 123i costuma fornecer 20.000 contatos por mês para 60 incorporadoras e construtoras. O site também fatura com a venda de espaço publicitário de cerca de 800 imobiliárias.
(Fonte: revista Exame - 21.03.2018)
          

5 à Sec

     Das mais de 1800 lojas da lavanderia 5 à Sec espalhadas em 30 países, 300 lojas ficam no Brasil. O nome 5 à Sec (Textile Expert) foi criado com base nas cinco características que a companhia francesa busca seguir na execução de seus serviços: rapidez, modernidade, economia, qualidade e satisfação. A palavra "sec", seco em francês, identifica o tipo de lavagem. Está chegando ao Brasil a marca 5 à Fil, franquia que pertence ao grupo francês 5 à Sec. A 5 à Fil faz desde consertos simples, como barras e ajustes, a serviços de costura mais complexos.
(Fonte: jornal Brasil Econômico - 18.05.2010)

3M

     A Minnesota Mining and Manufacturing Company (3M) é fabricante de artigos e utilidades diversas e é dona de marcas bem conhecidas como o Post-it, Scoth-Brite e Durex. Segundo a empresa, a criação do Post-it, em 1977, não foi por acaso. "É o resultado da cultura de inovação cultivada pela 3M desde a década de 1930", diz Art Fry, o inventor, hoje aposentado e uma espécie de embaixador da marca 3M. Segundo o livro Coletânea HSM Management (PubliFolha ed. 2001), quem inventou o Post-It teria sido Spencer Silver, em 1970, mas foi Arthur (Art) Fry, sete anos depois, que reconheceu  sua utilidade e percebeu a grande oportunidade, transformando-o numa máquina de fazer dinheiro.
     Um dos grandes responsáveis pelo sucesso da 3M foi William L. McNight, que entrou como assistente contábil (1907) e logo demonstrou aptidão com suas ideias para produtos melhores e corte de custos e imediatamente entendeu a difícil situação financeira da empresa, nascida em 1902, com a exploração de uma mina no Minnesota, que quase a levou à falência logo depois. Longe dos holofotes, comandou a empresa por 52 anos (1914 a 1966) e de sua cabeça brotaram mandamentos que até hoje são referenciados na companhia.
     Os executivos brasileiros mudam a forma como anotam seus recados na década de 1980, ao utilizarem os bloquinhos amarelos de Post-it.
     Para o Brasil, a companhia tem trazido a fabricação de linhas que antes eram importadas. Foi em 2011 que a 3M trouxe, por exemplo, parte da produção de itens da linha médico-hospitalar, como curativos e materiais de esterilização. Como é tradição na 3M, as pesquisas levam a frentes inéditas. Também em 2011 a empresa intensificou o desenvolvimento de produtos focados na área de extração do petróleo do pré-sal, resultando, por exemplo, na produção, em sua unidade de Ribeirão Preto (SP), de microesferas de vidro utilizadas no isolamento térmico de tubulações que transportam o petróleo em águas profundas.
(Fontes: revista Exame - 11.10.1995 / Wikipedia / jornal Brasil Econômico - 28.05.2012 - Exame Maiores & Melhores 2012 - partes)

Versão em alemão:
     Das Unternehmen wurde im Jahre 1902 gegründet. Die Hauptverwaltung befindet sich in St. Paul/Minnesota. Fünf Geschäftsleute legten damals den Grundstein der "Minnesota Mining & Manufacturing Company" (Vorläufer von 3M), um ein Mineralvorkommen zur Herstellung von Schleifpapier zu nutzen.
     Heute zählen weltbekannte Marken wie Scotch (1925) oder Post-it (1980) zur Produktpalette, die vom Industriekleber über Autozubehör bis hin zu medizinischen Geräten reicht.
Die führende Marktposition wurde durch ständige Zukäufe, national als auch international, erreicht. 3M verfügt über Niederlassungen in mehr als 60 Ländern. In Deutschland ist 3M seit 1951 vertreten (zunächst unter "Minnesota Mining & Manufacturing Company GmbH", 1972 erfolgte die Umfirmierung des Unternehmens in "3M Deutschland GmbH").
     Das Ursprungsunternehmen Minnesota Mining & Manufacturing wurde 1974 in den Dow Jones Industrial aufgenommen - 2002 fand die Namensänderung in 3M statt.
Der Mischkonzern 3M Company fungiert als Dachmarke zahlreicher Produkte, die weltweit zu erwerben sind. Innovationen von 3M finden in vielen Bereichen des Lebens Verwendung.
In fünf Teilbereiche lassen sich die diversen Unternehmensaktivitäten gliedern - Büro & Kommunikation; Medizin & Gesundheit; Sicherheit, Arbeit, Personen & Verkehr; Werbung & Design; Elektro, Elektronik, Telekommunikation.
     Insgesamt verfügt 3M über zahlreiche Basistechnologien und Patente, die zur Entwicklung neuer innovativer Lösungen führen.
(Fonte: Europas Erstes Finanzportal Boerse.de) 

7 Belo

          A Bala 7 Belo faz sucesso desde 1990.
          Sua clássica embalagem preta com a famosa carta 7 do baralho aliadas ao seu sabor de framboesa fizeram e ainda fazem parte da vida dos brasileiros. Há quem diga que foi a melhor bala já inventada!
          Qual criança nunca chupou uma bala dessa durante a aula ou depois do lanche do intervalo? Não podia faltar em nenhuma cantina de escola.
          Em 2001 a bala 7 Belo passou a ser vendida pela Arcor. A Arcor aumentou seu portfólio e seus negócios com a aquisição de marcas de guloseimas já conhecidas pelo consumidor brasileiro, como Kid’s, Poosh, Amor, Pirapito e 7 Belo.

21 (Cachaça Pirassununga 21)

          A Cachaça Pirassununga 21 foi criada em 1921 e é produzida pela Indústria de Bebidas Pirassununga, no Bairro Rosário, município de Pirassununga, interior de São Paulo.
          Outras duas marcas de cachaça, produto tipicamente brasileiro, têm nomes que são resultado da mesma inspiração: A Cachaça 51, produzida pela Companhia Müller de Bebidas foi criada em 1951 e a Cachaça 61, criada em 1961, é produzida pela Missiato Indústria e Comércio, em Santa Rita do Passa Quatro, interior de São Paulo.
          As companhias fabricantes das cachaças 21 e 51, ficam no mesmo município: Pirassununga (SP).

51

          A Caninha 51, ou Cachaça 51, é produzida desde 1951, origem do nome da bebida. A Companhia Müller de Bebidas aparentemente não reconhece esse pormenor a ponto de estampar no rótulo da bebida, seu início em 1959. A produção está, de fato, com a família Müller desde 1959.
          Conforme o site Alambique da Cachaça, a tradicional caninha ou cachaça 51 começou sua história pelas mãos dos irmãos Piccolo no ano de 1951, na pequena cidade de Santa Cruz das Palmeiras, interior de São Paulo. Eles compravam a bebida de pequenos alambiques da cidade vizinha de Pirassununga, engarrafavam em vasilhames de 600 ml e revendiam no varejo da região. Apesar de existirem outras versões para a origem da marca, a verdade é que o produto tem este nome porque foi lançado no ano de 1951.
          Oito anos depois, a pequena empresa engarrafadora de aguardente, que até então se encontrava desativada, foi comprada pela família Müller, que transformou o negócio em uma grande marca, alterando seu nome para Pirassununga 51. Guilherme Müller Filho, um brasileiro de origem alemã, tinha nesta pequena empresa um velho tonel de madeira, uma envasadora, um tampador manual de garrafas, alguns pertences e a marca 51. Parecia pouco, mas foi o suficiente para começar uma grande história de sucesso.
          A empresa possui duas fábricas: uma em Pirassununga, interior de São Paulo e outra no Cabo de Santo Agostinho, região metropolitana de Recife, em Pernambuco.
          Sua sede operacional fica na cidade de Pirassununga e seus conhecidos tonéis ficam à margem da pista sul da Rodovia Anhanguera, a SP-330, no km 210, na conhecida Unidade Taboão. A empresa ainda possui uma destilaria na cidade vizinha de Porto Ferreira, na Fazenda Lageado.
          Hoje, a Pirassununga 51, conhecidíssima pelo slogan "Uma boa ideia" é exportada para mais de 50 países, sendo os principais: Chile, Portugal, Espanha, Alemanha, Estados Unidos, Itália, Suíça e Japão com o nome oficial: "Cachaça 51". O Brasil conseguiu o registro do termo "cachaça" para exclusividade no uso, assim como o México tem a Tequila e a França, o Champagne.
          O slogan "51 - uma ideia", que se tornou um clássico na lembrança dos brasileiros, foi criado em 1978 pela ex-publicitária Magy Imoberdorf, que depois se tornou artista plástica.
          Além da famosa garrafa de 1 litro (965ml) que circula por todo o mercado nacional, há também a versão de 500ml, feita em vidro e a lata de 350ml. A Companhia Müller de Bebidas produz ainda: a Caninha 29, a Caipirinha Mix, a Terra Brazilis, a 51 Ice, o Conhaque Domus e a 51 Black.
          Visando preservar o espaço já ocupado no exterior, a Companhia Müller de Bebidas conseguiu que fosse cancelado o registro, na Europa, da marca de aguardente "61 - A Nossa Alegria" (também brasileira, fabricada pela Missiato Indústria e Comércio), com o argumento de que a concorrente pode ser facilmente confundida com a Cachaça 51, presente em alguns países da Europa. Nessa época (dezembro de 2003), a Cachaça 51 já era marca registrada em Portugal, Dinamarca, Reino Unido, Espanha e Áustria.
          No final de dezembro de 2014, a família Müller tem uma grande perda. Morre Marcelo Müller, neto do fundador, sua esposa e a filha de dois anos, num acidente de helicóptero no litoral de São Paulo. Marcelo havia cuidado no início daquele ano do rejuvenescimento da marca 51, numa grande campanha de marketing. Resta saber se uma perda dessa magnitude fará com que os filhos do fundador Guilherme Müller, Benedito e Luiz Augusto Müller (este, pai de Marcelo), vão apaziguar os ânimos na ferrenha disputa que travam nos tribunais pelo controle da empresa.
          Em meados de 2019 a empresa decide entrar em um novo mercado: o de uísques. Para isso fez uma parceria com a destilaria escocesa White & Mackay para lançar a marca Old Eagle, que será exclusiva no mercado brasileiro.
(Fonte: Wikipedia / jornal Folha de S.Paulo - Mariana Agunzi - 25.06.2016 / site: Alambique da Cachaça  revista Exame - 24.07.2019 - partes)

3G Capital

          Os três sócios Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira fazem negócios juntos desde os tempos do banco Garantia e Lojas Americanas. Depois compraram a Brahma, formaram a AmBev, ao comprar a Antárctica, que se transformou em Inbev, ao se juntarem à belga Interbrew. Pouco tempo depois compraram a americana Anhauser Bush, formando a AB Inbev.
          O 3G Capital foi fundado em 2004 com base em uma estrutura de investimentos já existente em Nova York desde meados de 1990 e possui escritórios em Nova York e Rio de Janeiro.
          Em outubro de 2010, o grupo comprou a empresa de fast food americana Burger King e, em 2014, com a participação da Berkshire Hathaway, do bilionário americano Warren Buffett, adquiriu a canadense Tim Hortons que, juntas, formam a Restaurant Brands. Em junho de 2013 já haviam comprado mais um ícone da indústria de alimentos americana, a H.J.Heinz. Em 25 de março de 2015, divulgam a compra, através da Heinz, da indústria de alimentos também americana Kraft Foods, formando a Kraft Heinz. As aquisições da Heinz e Kraft tiveram também participação da Berkshire Hathaway.
          Em 21 de fevereiro de 2017, a Restaurant Brands International (RBI), dona do Burger King e controlada pela brasileira 3G Capital, empresa de private equity, anunciou a aquisição da Popeyes (vide origem da marca Popeyes neste blog) por US$ 1,8 bilhão. Com isso, o portfólio da empresa ganha um restaurante especializado em frango frito, para juntar aos hambúrgueres do Burger King e aos donuts da rede de cafeterias Tim Hortons.
          Em junho de 2018, o 3G Capital recebe, como sócio, um velho conhecido do trio de fundadores. Trata-se de João Castro Neves, ex-presidente da cervejaria AB Inbev nos Estados Unidos. Neves deixou a presidência das operações americanas da AB Inbev, dona da Ambev, em 2017, depois de comandar a divisão por dois anos. Ele ingressou na Ambev (então ainda Brahma) em 1996.
          O valor de mercado, das empresas sob gestão direta ou indireta dos três sócios, em março de 2015, alcançava US$ 260 bilhões.
(Fonte: jornal Folha de S.Paulo online - 25.03.2015 / jornal Valor online - 26.03.2015 / 22.02.2017 / jornal O Globo - 26.06.2018 - partes)

61

          A Cachaça 61 foi criada em 1961 pela Missiato Indústria e Comércio (emi), em Santa Rita do Passa Quatro, interior de São Paulo. A Missiato foi fundada em 1958.
          A maneira como o nome foi escolhido, provavelmente foi inspirada na escolha do nome da Cachaça 51, que foi criada pela Companhia Müller de Bebidas, em 1951.
          A Missiato chegou a registrar, na Europa, a marca "61 - A Nossa Alegria", mas a Companhia Müller conseguiu, em dezembro de 2003, que fosse cancelado o registro, preservando assim o espaço já ocupado pela 51 no exterior. 

ABB - Asea Brown Boveri

          O sueco Percy Barnevik surpreendeu os observadores de todo o mundo com a decisão de realizar a fusão da Asea, da Suécia, e a Brown Boveri, da Suíça, quando arregimentou suíços, alemães, americanos e finlandeses e construiu em cinco anos a mais regionalizada das multinacionais: a ABB. Tudo começou em 1988, com uma fusão improvável, arquitetada em segredo por Barnevik, das duas companhias arqui-rivais.
          No Brasil, na época da fusão, a Brown Boveri era comandada pelo executivo Roberto Müller, nascido em 1932, que assumira o posto em 1977. Com a fusão, Müller foi deslocado para a direção doss negócios do grupo na América Latina e mais tarde passou a acumular o posto com a presidência da ABB no Brasil.
          Maior fornecedor da indústria de geração de energia em todo o mundo, grande fabricante de trens ultravelozes e número 1 no mercado de robôs, a ABB espalhou seus braços por 140 países, com uma multidão de 213.000 funcionários. Organizada como uma federação de 1300 companhias nacionais, a ABB mantém um quartel general quase apátrida em Zurique, na Suíça. Na portaria, quatro relógios marcam os horários de Tóquio, Sidney, Londres e Nova York. No prédio, os funcionários comunicam-se com qualquer parte do planeta em inglês e trocam números em dólares americanos.
          Na época da fusão, o faturamento era de 12 bilhões de dólares. Com uma série de aquisições, a empresa logo passou para a faixa dos 30 bilhões de dólares. A ABB nasceu com rosto na Europa Ocidental, mas se americanizou um pouco com a compra de grandes empresas nos Estados Unidos e ganhou novas características, ao penetrar na Ásia e fincar raízes na Europa Oriental, nos escombros do regime comunista.
          Em 1993, a ABB gastou 500 milhões de dólares numa reestruturação que resultou no fechamento de quinze fábricas pelo mundo afora e a remodelação administrativa. Para Barnevik, o dinheiro foi bem empregado, porque o grupo ganhou condições para dar novo salto.
(Fonte: revista Exame - 23.12.1992 / 31.03.1993 / 27.04.1994 - partes)

Abarth / Autobianchi

          A Abarth foi uma das mais importantes montadoras de automóveis de corrida da Itália. Foi fundada em 1949 por Karl (Carlo) Alberto Abarth, de ascendência austríaca. A Abarth tem em seu logo um escorpião estilizado, que remete ao signo do fundador da marca.
          Nos anos 1960, a Abarth começou a ganhar sucesso na categoria de hillclimbing e Sports Car Racing, majoritariamente em veículos com motores de 850 cc até 2000 cc de cilindrada, rivalizando com o Porsche 904 e o Ferrari Dino. Hans Herrmann foi o piloto de serviço da marca desde 1962 até 1965 que venceu os 500 km de Nürburgring em 1963, juntamente com Teddy Pilette.
          Pouco tempo depois, Carlo Abarth prometeu a Johann Abt que o autorizava a testar carros novos vindos de fábrica gratuitamente, se este vencesse todas as provas em que a Abarth entrara. Abt quase conseguiu, vencendo 29 das 30 provas realizadas no total, ficando na última prova em 2º lugar.
          Para além das provas desportivas que a Abarth concorrera, a montadora também começou a produzir escapes de alta performance. Mais tarde, a Abarth diversificou a sua produção em vários kits de tuning para carros afeitos ao transporte de passageiros, majoritariamente da marca Fiat. A marca Abarth também foi associada na produção de carros desportivos e de competição com a Porsche e a Simca.
          Em 1971 a Abarth foi comprada pela Fiat, e a sua equipe comprada por Enzo Osella. A Abarth tornou-se um departamento particular de competição desportiva da Fiat, gerida pelo famoso engenheiro designer Aurelio Lampredi. Alguns modelos construídos pela Fiat foram utilizados pela Lancia e Autobianchi com a colaboração da Abarth. O mais famoso deles foi o Autobianchi A112 Abarth (1971).
          Quando a Volkswagen se vangloria de ter criado os hatchbacks esportivos, também chamados de foguetes de bolso ou de “hot hatches”, ela se esquece do Autobianchi A112 Abarth. Temos de admitir, contudo, que era fácil passar por ele batido devido a suas dimensões de miniatura da Matchbox. Ele foi apresentado em setembro de 1971 (antes de qualquer um saber o que um Golf era) como uma versão apimentada do bem-sucedido oponente da Autobianchi para o Mini. Os primeiros modelos tinham motores de quatro cilindros de 59 cv, mas sua potência foi ampliada para 71 cv ao longo de sua produção.
          A Autobianchi, empresa que era uma joint-venture entre a fabricante de bicicletas Bianchi, a Pirelli e a Fiat, foi assumida pela montadora italiana com o controle total da empresa em 1968, fundindo sua operação com a da Lancia. A marca desapareceu em 1995.
(Fonte: Wikipédia / Autocar - msn - 20.02.2019 - partes)

Absolut (vodca)

          A vodca Absolut é fabricada pela sueca Vin & Spirit, que foi adquirida pela Pernod Ricard em 2008.
          Sua campanha publicitária de 2008 para o México virou notícia no mundo todo. O anúncio com a frase "Num mundo Absolut" mostra a fronteira entre os Estados Unidos e México aproximadamente como na primeira metade do século XIX. Em 1845, os EUA anexaram o Texas e, numa guerra que foi até 1848, conquistaram a área que vai até a Califórnia. Os internautas americanos tentaram boicotar a bebida.
(Fonte: revista Época - 14.04.2008)

Abdib

     Fundada em 1955, a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) é uma entidade privada, sem fins lucrativos, cuja missão principal é o desenvolvimento dos mercados de infraestrutura e indústrias de base no Brasil e o fortalecimento da competitividade da cadeia fornecedora de bens e serviços para estes setores.
     A Abdib congrega uma ampla gama de companhias públicas e privadas que participam de todas as fases e estágios dos negócios e investimentos nos setores de infraestrutura e indústrias de base, de concessionárias de serviços públicos a fabricantes de equipamentos, de fornecedoras de serviços como montagem, engenharia e projetos a empresas de advocacia, financiamento e consultoria, entre muitas outras.
     Atualmente, conta com mais de cem empresas associadas atuantes nas áreas de energia elétrica, petróleo, gás e derivados, transporte, construção e engenharia, saneamento ambiental, telecomunicações, indústrias de base (mineração, siderurgia, petroquímica, papel e celulose), além de bancos de investimentos e outras empresas de serviços que se relacionem com o setor de infraestrutura.
(Fonte: comunicado Apimec)

Abercrombie & Fitch (A&F)

     A rede nasceu em 1892, fundada por David Abercrombie, como uma pequena loja de armas de caça no estado de Ohio - daí a escolha do Alce como símbolo da marca.
     Em 1900, Erza Fitch, que era um de seus principais clientes, entrou na sociedade e a empresa passou a se chamar Abercrombie & Fitch (A&F), no ano de 1904. O famoso catálogo da marca surgiu em 1909, quando 50 mil cópias com 456 páginas, incluindo roupas e acessórios para acampamento, entre outros, foi impresso e distribuído, quase levando a empresa à falência. Mas provou ser um grande instrumento de marketing nos anos seguintes. Durante o começo do século XX, a rede de lojas se tornou extremamente popular vendendo produtos esportivos para a elite americana.
     Entre os fãs da marca estavam os presidentes Theodore Roosevelt e Gerald Ford, além de Charles Lindbergh e Amelia Earhart, os atores Greta Garbo, Katharine Hepburn e Clark Gable e os escritores John Steinbeck e Ernest Hemingway.
     A proliferação de grandes redes de artigos esportivos aliada à expansão da classe média entre as décadas de 1950 e 1960 fez com que a marca, considerada aristocrática, perdesse espaço. Os negócios decaíram, até que, em 1977, a Abercrombie & Fitch estava falida. A ressurreição aconteceria anos mais tarde como braço de uma rede de varejo - mas sem nenhum vestígio do charme do passado. No final dos anos 1980, a Abercrombie (ou o que havia restado dela) foi adquirida pelo fundo The Limited por 50 milhões de dólares. Com uma gestão profissionalizada e a abertura de capital na bolsa em 1996, a empresa começou a recuperar parte de seu prestígio. Em apenas dez anos, a Abercrombie quintuplicou de tamanho, chegando a mais de 1000 lojas, em 49 estados americanos e mais oito países, praticamente ressurgindo das cinzas.
     Mas foi somente com a chegada de Michael (Mike) Jeffries ao posto de presidente do conselho, em novembro de 1996, que a Abercrombie & Fitch começou a ganhar os contornos que tem hoje. Assim que assumiu, Jeffries mudou radicalmente o estilo de roupas vendido na rede - de peças esportivas a produtos mais jovens e "descolados", como jeans surrados e camisetas básicas. Uma das marcas que lançou foi a Hollister (vide origem da marca Hollister neste blog). As lojas da Abercrombie reproduzem o clima de festas rave, com luzes piscantes, som no último volume e recepcionistas musculosos com torso desnudo. O fenômeno em torno da marca extrapolou o mundo físico. Considerando dados de outubro de 2010, a página da Abercrombie no Facebook conta com 2 milhões de fãs - dez vezes mais que a Sears e o dobro da Ralph Lauren. As roupas da grife são usadas por celebridades como Jennifer Aniston e o ator Zac Efron, protagonista da série High School Musical e ídolo teen.
(Fonte: revista Exame - 06.10.2010 / Wikipedia - partes)

Adolpho Lindenberg (construtora)

     Adolpho Lindenberg fundou, em 1954, a Construtora Adolpho Lindenberg S.A., que traz em seu portfólio, mais de 700 empreendimentos, com mais de 15 milhões de metros quadrados construídos.
     Nos anos 1990, Adolpho Lindenberg Filho segue os passos do pai e assume os negócios e ocupa a diretoria de incorporações da construtora. Seu filho Marcos Lindenberg, formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas, atua na área de novos negócios.
(Fonte: e-mail da Fiesp, contendo convite para palestra com a família Lindenberg, em 17.03.2015)

Abril (Grupo Abril)

          A família Civita, fundadora da Editora Abril, tem origem na cidade italiana de Reggio Emilia, onde nasceu Carlo Civita, em 1878.
          O embrião da empresa foi formado em 1941 por Cesar Civita na Argentina e, nove anos depois, foi instalada no centro de São Paulo. Coube a Victor Civita (1907-1990), filho de Carlo, e irmão de Cesar, a fundação da editora em 1950. Inicialmente com o nome de Editora Primavera e logo depois, seguindo o nome na Argentina, Editoral Abril, passando no Brasil simplesmente para Editora Abril. A realização do sonho é contada como a frutificação de uma árvore, não por acaso, o logotipo da empresa, cujo nome teria razão lógica de ser: abril é o mês de primavera no Hemisfério Norte, de onde se originam os Civita.
          A Abril foi fundada com publicação no Brasil da revista em quadrinho do Pato Donald por Victor Civita. Era o início de um longevo relacionamento dos Civita com a Walt Disney nesse segmento. Depois foram lançadas as revistas Mickey, Tio Patinhas, Peninha e tantas outras.
          Com a editora progredindo no Brasil, Victor achou que era hora de o primogênito voltar ao país. "O que você quer fazer, quer mudar o mundo? Pois terá muito mais espaço trabalhando no que é seu", desafiou. Roberto havia recebido uma oferta da Time para trabalhar na sucursal de Tóquio depois de um estágio na revista em Nova York, consequência do bom desempenho nas cadeiras de jornalismo e administração na Universidade da Pensilvânia, uma das três que cursaria nos Estados Unidos.
          Depois de uma noite insone, Roberto retomou a conversa dizendo ao pai que seu projeto era fazer três revistas: uma semanal de informações, uma de negócios e uma dirigida ao público masculino.
          Aceita a proposta, voltou ao Brasil, e em outubro de 1958, aos 22 anos, roupa de americano e sotaque idem, que no decorrer dos anos se tornaria leve, mas não deixaria de ser cuidadosamente cultivado mediante uma constante mistura inglês-português, entrou no prédio da empresa no centro da capital paulista.
          Na tentativa de investir em televisão, Roberto viu a derrota de frente nas disputas com o Grupo Folha e as Organizações Globo. Durou pouco e rendeu dívidas astronômicas. Em compensação, faria história na imprensa com a introdução do conceito de publicações segmentadas (inédito no Brasil dos anos 1960) dirigidas a público de interesse específico, Playboy, Quatro Rodas, as femininas lideradas por Cláudia, e a estrela da companhia, Realidade, lançada em abril de 1966 disposta a produzir grandes, inovadoras, surpreendentes e ousadas reportagens naquele Brasil de ditadura iniciante, recalcitrante à abordagem de determinados temas, e de puritanismo reinante.
          A maior criação de Roberto foi a Veja, em 1968, com fracasso inicial, mas depois veio o sucesso absoluto e, trinta anos depois, dar-se-ia o apogeu editorial e financeiro que antecederia uma grande crise, entre 2011 e 2012.
          Em maio de 2006, quando estudava a alternativa de abril o capital na Bolsa de Valores, o Grupo Abril decidiu aceitar a oferta do Naspers, o maior grupo de mídia da África do Sul, em vender 30% do capital por 422 milhões de dólares. Nas palavras do presidente e editor. Roberto Civita, "uma opção pelo longo prazo".
          Em 2015, a companhia saiu do que havia se tornado seu braço mais rentável, a Abril Educação. A família Civita vendeu o controle desse negócio, por R$ 1,3 bilhão, à gestora de recursos Tarpon, que rebatizou a empresa de Somos Educação. Em abril de 2018, a Somos foi vendida à Kroton, a maior empresa de ensino do país.
          Em junho de 2018, depois de 68 anos editando revistas em quadrinhos da Disney, que acompanharam gerações de brasileiros, a Abril para de publicá-las. Segundo comunicado do diretor de assinaturas Ricardo Perez, o encerramento da publicação foi resultado de uma "revisão estratégica do Grupo Abril".
          No inicio de agosto de 2018, a Abril informa que passará a se concentrar nos seguintes títulos: Veja, Veja São Paulo, Exame, Quatro Rodas, Claudia, Saúde, Superinteressante, Viagem e Turismo, Você S/A, Você RH, Guia do Estudante, Capricho, M de Mulher, VIP e Placar. 
          As marcas remanescentes somam uma audiência de 15 milhões de usuários únicos por mês e 5,2 milhões de circulação nas versões impressas e digital por mês, de acordo com a companhia.
          Em 15 de agosto de 2018, o  Grupo Abril protocolou pedido de recuperação judicial na Vara de Recuperação Judicial e Falências de São Paulo. A dívida é de R$ 1,6 bilhão. O pedido engloba todas as companhias operacionais do grupo, incluindo Abril Comunicações e as empresas de distribuição de publicações agrupadas dentro da Dipar Participações, e de distribuição de encomendas Tex Courier. Da dívida de R$ 1,6 bilhão do grupo, cerca de R$ 900 milhões são com os bancos Bradesco, Santander e Itaú Unibanco. A fatia de cada um deles seria parecida.
          Desde 19 de julho, o grupo está sendo presidido por Marcos Haaland, no lugar de Giancarlo Civita. Haaland é sócio da Álvarez & Marsal, consultoria especializada em reestruturação de empresas
          Ao assumir a presidência da companhia, Haaland iniciou um profundo ajuste nas três frentes de negócios: a Abril Publicações, a distribuidora de revistas Dinap e a empresa de logística de encomendas Total Express. De imediato, demitiu 800 funcionários, fechou onze títulos – como Arquitetura e Construção, Boa Forma, Casa Claudia, Cosmopolitan, Elle e Minha Casa – e cortou custos em todos os departamentos, de limpeza à segurança. Haaland terá de solucionar também outro problema. Editoras que eram clientes da Dinap na parte da distribuição tiveram suas receitas de venda em banca retidas pela Abril, o que pode causar uma quebradeira no setor.
          E, a distribuição da própria Abril sofre transtornos. A revista Exame, que era para chegar na quinta-feira, dia 13 de setembro, só chegou no dia seguinte em algumas bancas. E, no dia seguinte, sexta-feira, pelo menos uma banca da avenida Paulista em São Paulo recebeu exemplares de assinantes da revista Veja, cuja venda em banca é proibida.
          No início da tarde de 20 de dezembro de 2018 o Grupo Abril fechou a venda de 100% das ações para a Calvary Investimentos do empresário Fábio Carvalho. A família Civita não só sai do comando daquele que já foi um dos maiores grupos editoriais do país, como deixa uma dívida de nada menos que R$ 1,6 bilhão com funcionários, bancos e fornecedores. Mesmo sob o novo controlador, os credores da editora devem reaver apenas uma fração daquilo que lhes é devido. Pelos termos do acordo assinado, os irmãos Giancarlo e Victor Civita, netos do fundador do grupo, ficam livres de quaisquer ônus e Fabio Carvalho assume a responsabilidade por todo o endividamento da empresa. Essa foi uma condição da família para aceitar ceder o controle da Abril, que está em recuperação judicial desde agosto.
          Segundo pessoas familiarizadas com os termos negociados, a família receberá um pagamento simbólico pela transferência do controle, já que Carvalho assume a dívida bilionária. Mas os Civita estão longe de sair de mãos vazias. Em fevereiro de 2015, quase dois anos após a morte do pai Roberto Civita, Giancarlo acertou a venda do controle da Abril Educação, hoje rebatizada como Somos Educação, para o fundo Tarpon por R$ 1,3 bilhão. Em dezembro daquele ano, pressionada pelos bancos credores durante negociação para alongar o perfil da dívida da Abril, a família aportou R$ 450 milhões na empresa. A maior parte do dinheiro da venda do segmento de educação, entretanto, ficou preservada.
          Fabio Carvalho, advogado que se especializou em assumir empresas em dificuldade, conta com o respaldo financeiro do banco BTG Pactual, que já financiou outras empreitadas suas no passado. 
O executivo é sócio das varejistas cariocas Leader e Casa & Vídeo. Carvalho já assumiu negócios em dificuldades que pertenciam ao BTG, como a Leader e a Bravante, de logística marítima.
Enquanto o empresário assumirá as ações, o banco, por meio de sua empresa de recuperação de crédito Enforce, negocia com os três bancos credores da empresa --Bradesco, Itaú e Santander-- para comprar com grande desconto os quase R$ 1 bilhão em dívidas bancárias. Essa parte do negócio, entretanto, ainda não foi fechada. Os bancos também precisam aprovar a venda das ações, já que títulos importantes da editora, como "Veja" e "Exame", foram dados em garantia pelas dívidas bancárias, juntamente com o edifício na Marginal Tietê, em São Paulo.
          A consultoria Alvarez&Marshal, onde Carvalho trabalhava, concluiu que a dívida da empresa é impagável e estruturou um plano de recuperação judicial que prevê desconto de 92% nos débitos, com 18 anos para pagamento. As dívidas trabalhistas estão fora desse patamar de desconto, pois têm prioridade legal.
          Em 8 de janeiro de 2019, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), aprovou o negócio.
          Em 20 de fevereiro de 2019, Bradesco, Itaú e Santander teriam aprovado a venda da dívida da Editora Abril à Enforce. Os bancos são os maiores credores da companhia, que no total tem dívida de R$ 1,6 bilhão. Do R$ 1,1 bilhão em endividamento bancário, quase R$ 1 bilhão se refere a uma debênture. O Bradesco tem R$ 500 milhões desse papel (parte herdada do HSBC), o Itaú tem R$ 250 milhões e o Santander, outros R$ 250 milhões.
          Considerando dados de março de 2019, o grupo publica oito revistas impressas: Veja, Exame, Cláudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Saúde, Você S.A. e Você RH. Mantém ainda alguns títulos online, como Capricho e Minha Casa. Além de ter reduzido custos com aluguel ao sair de sua tradicional sede, em São Paulo, a companhia demitiu cerca de 800 profissionais em agosto de 2018.
          Além da operação de mídia, o grupo mantém negócios como a Casa Cor – de eventos de arquitetura e decoração –, o serviço de entregas de encomendas Total Express, uma gráfica e um braço de distribuição de revista.
          Em 22 de fevereiro de 2022, o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, decretou o encerramento da recuperação judicial do Grupo Abril, dono da editora Abril, que publica as revistas Veja, Capricho e Você S/A. O processo teve início em agosto de 2018, quando a Abril declarou ter acumulado R$ 1,6 bilhão em dívidas. Segundo a sentença de encerramento, até setembro do ano passado, 100% dos créditos em dólares e 99,4% dos valores em reais já tinham sido pagos.
          Em 12 de julho de 2022, a subsidiária da Amazon no Brasil concordou em comprar uma participação minoritária na Total Express. Diz-se que a Amazon adquiriu uma participação de 9,7% na Total. A Total tem foco em logística, especialmente serviços de transporte para empresas de comércio eletrônico. Com o negócio, a Abril está reduzindo sua posição na empresa, cuja razão social é Tex Courier.      
(Fonte: revista Exame - 24.05.2006 / revista Veja - 21.09.2016 - artigo sobre o livro Roberto Civita O dono da Banca, de Carlos Maranhão / jornal Folha de S.Paulo - 09.06.2018 / jornal Valor - 07.08.2018 / 15.08.2018 / revista IstoÉDinheiro - 11.09.2018 / Valor - 20.12.2018 / O Estado de S.Paulo - 08.01.2019 / Valor - 20.02.2019 / OESP - 25.03.2019 / Folha - 23.02.2022 /Valor - 12.07.2022 - partes)

Accenture

          O novo nome da Andersen Consulting, Accenture, é uma palavra que, segundo a empresa, significa "foco no futuro". Provavelmente vem de Accent (em inglês, dirigir a atenção para), mais as últimas letras de future. A Accenture possui 373.000 funcionários no mundo (dados de março de 2016).
          Em 2021 a Accenture adquire a Founders Intelligence. “Com a aquisição, poderemos ajudar nossos clientes a criar iniciativas de crescimento que tenham impacto duradouro no futuro”, disse Lucy Cooper, líder em inovação da Accenture para a Europa. Fundada em 2013 em Londres, a Founders Intelligence é uma consultoria especializada em assessorar empresas na criação de valor dentro da nova economia digital. Para o CEO Rob Chapman, fazer parte da Accenture é uma grande oportunidade para funcionários e clientes. “Criamos a empresa para potencializar nosso talento empreendedor e ter impacto em grandes corporações. Estamos entusiasmados em poder fazer isso em uma escala ainda maior”, afirmou o fundador da consultoria.
(Fonte: jornal Valor - 22.03.2012 / Época Negócios - 16.11.2021 - partes)


           Continuous innovation and rapid transformation have been themes throughout Accenture's history, which the company traces to the 1950s with the installation of the first computer system for commercial use in the United States at General Electric’s Appliance Park facility.
           The company built its reputation primarily as a technology consultant and systems integrator. By the late 1980s, Accenture began offering a new breed of business integration solutions to clients—solutions that aligned organizations' technologies, processes and people with their strategies.
           Throughout its history, Accenture has expanded its offerings and capitalized on evolving management trends and technologies to benefit its clients. The company pioneered systems integration and business integration; led the deployment of enterprise resource planning, customer relationship management and electronic services; and has established itself as a leader in today's global marketplace.
           Accenture is a great success story by any measure. The company’s history has been more than 60 years in the making—from the earliest days as a pioneer in the new world of information technology in the 1950s to its position today as a Fortune Global 500 industry leader.
          Initially called Andersen Consulting, Accenture (Accent = to direct attention to + future) was formally established in 1989 when a group of partners from the Consulting division of the various Arthur Andersen firms around the world formed a new organization focused on consulting and technology services related to managing large-scale systems integration and enhancing business processes.
           That same year Accenture formalized Business Integration, its framework for aligning a client’s people, processes and technology in support of its overall strategy to enable all components of the client organization to work to enhance business performance. Accenture has evolved from a systems integrator to a global management consulting and technology services company, providing the full range of consulting, outsourcing and related technology services.
           A New Name, A New Direction. By 2000, Accenture had achieved more than a decade of tremendous growth, with net revenues exceeding US$9.5 billion and more than 70,000 professionals in 46 countries delivering to clients a broad range of consulting, technology and outsourcing services and solutions.
           On Jan. 1, 2001, the company changed its name to Accenture (from Andersen Consulting) as the result of an arbitrator’s decision in August 2000 that severed the contractual ties between Accenture and Andersen Worldwide Société Coopérative (AWSC). Accenture then launched one of the largest and most successful re-branding campaigns in corporate history. The new name reinforced Accenture’s new positioning and reflected the organization’s further growth and broadened set of capabilities.
           Since its inception in 1989, Accenture had operated as a group of locally owned independent partnerships or other entities in more than 40 countries. (Accenture is and has always been a global organization and has never operated under a U.S. holding company structure.) By 2001, it became apparent to Accenture’s partners that maintaining the organization’s existing partnership structure would limit the company’s ability to continue its growth. Therefore, the partners, more than half of whom were from countries other than the United States, decided to transition to corporate form, enabling Accenture to build and acquire the necessary capital to remain competitive and fuel its growth.
           In April 2001, Accenture’s partners voted overwhelmingly to pursue an initial public offering, and Accenture became a public company on July 19, 2001, when it listed on the New York Stock Exchange under the symbol ACN.
          Today Accenture is a global management consulting, technology services and outsourcing company, with more than 293,000 (373.000 in March 2016) people serving clients in more than 120 countries. Combining unparalleled experience, comprehensive capabilities across all industries and business functions, and extensive research on the world’s most successful companies, Accenture collaborates with clients to help them become high-performance businesses and governments. The company generated net revenues of US$28.6 billion for the fiscal year ended Aug. 31, 2013.
(Fonte: site da empresa - parte)

AbbVie / Allergan

          A fabricante de medicamentos AbbVie tem sede nos Estados Unidos e tem como um dos principais produtos a droga Humira, de tratamento de artrite.
          Em 25 de junho de 2019, a AbbVie anunciou acordo para comprar a produtora de botox Allergan por cerca de 63 bilhões de dólares, assumindo controle sobre uma das maiores marcas da indústria de cosméticos e em estratégia para reduzir dependência da companhia em relação à Humira.
          A farmacêutica AbbVie vinha sendo pressionada para diversificar seu portfólio uma vez que a Humira, medicamento mais vendido do mundo, está enfrentando competição de versões mais baratas na Europa e enfrenta expiração de patentes em 2023 nos Estados Unidos, seu mais importante mercado.
          A Humira, que gerou receita de cerca de 20 bilhões de dólares em 2018, sofreu uma primeira queda de vendas trimestrais nos três primeiros meses de 2019.
          O presidente-executivo da AbbVie, Richard Gonzalez, afirmou que a companhia está bem posicionada para a compra da Allergan por causa da grande quantidade de caixa gerado pela Humira.
           A sede da Allergan de Dublin, será transferida para os Estados Unidos.
(Fonte: DCI Reuter- 25.06.2019)

Abreu Garcia

          Nas alturas da Serra Catarinense, a família Abreu Garcia aproveita seu vinhedo situado a mil metros acima do nível do mar, rodeado de belas paisagens, para criar os vinhos de altitude Abreu Garcia.
          Situada no centro-sul do estado catarinense, no município de Campo Belo do Sul, a aproximadamente sessenta quilômetros de Lages, a vinícola tem em seus vinhedos as uvas merlot, malbec, pinot noir, cabernet sauvignon, sauvignon blanc e chardonnay.
          O frescor da noite e a luminosidade do dia envolvem a região e proporcionam um amadurecimento  prolongado das uvas. A seu tempo, elas se desenvolvem lentamente enquanto ganham corpo, cor e aromas, potencializados pelo clima ideal e maturação adequada dos frutos.
          A Fazenda Campo Belo, onde ficam os parreirais, já possui boutique, com vistas do horizonte, para receber os visitantes e, no futuro, os rótulos da casa poderão ser degustados no ambiente e harmonizados com pratos típicos.
(Fonte: brochura da marca)
     

Actis

          A empresa de administração de ativos britânica Actis chegou ao Brasil no final de 2007. O fundo é focado exclusivamente em países emergentes. No início de novembro de 2008, portanto, já durante a crise do sub-prime, o fundo tinha 450 milhões de dólares já captados para investir em companhias brasileiras. A procura de negócios no Brasil estava a cargo dos executivos Chu Kong e Patrick Ledoux.
          A Actis controla três empresas de energia renovável no país: Atlantic Energias Renováveis, que tem 642MW; Echoenergia, com 700MW em operação e 273MW em construção, também em projetos eólicos; e Atlas Renewable Energy, com 1,2GW em projetos de energia solar em operação ou em construção no Brasil ou outros países latino-americanos.
          A Actis lança sua quarta empresa de energia renovável no Brasil, desta vez com foco na operação de ativos. O primeiro ativo é a usina eólica de 137MW Babilônia, adquirida da EDP Renováveis por cerca de R$ 1,2 bilhão incluindo débito. O dinheiro a ser investido na nova companhia virá da empresa de private-equity Long Life Infraestruture.
          A Atlas Renewable Energy (criada em 2017), empresa que conta com US$ 600 milhões de um fundo criado pela gestora Actis para investimentos em geração de energia renovável, previa chegar ao fim de 2019 com quatro usinas solares em operação no Brasil, totalizando uma capacidade de 421 megawatts-pico (MWp, unidade de potência de projetos do tipo) e investimentos de R$ 1,3 bilhão.
          Na segunda quinzena de outubro de 2019, a Actis contratou o banco de investimento Credit Suisse para assessorá-la na negociação com eventuais compradores na venda da empresa de geração de energia Echoenergia.
(Fonte: revista Exame - 05.11.2008 / jornal Valor - 30.07.2019 / 21.08.2019 / 22.10.2019 - partes)

Adidas

          Uma lenda urbana diz que Adidas é a sigla para "All Day I Dream About Sports" ("O dia todo eu sonho com esportes"). Ou, "Soccer" (futebol) no lugar de "Sports". Mas é isso mesmo, uma lenda. A Adidas, fabricante alemã de vestuário e artigos esportivos, foi fundada por Adi Dassler, daí a origem do nome.
          Tudo começou em 1924, quando os irmãos Adolf (Adi) e Rudolph (Rudi) Dassler abriram uma empresa de tênis para futebol, a Dassler Schuhfabrik, no interior da Alemanha. Em 1936, durante os Jogos Olímpicos de Berlim, Jesse Owens ganha quatro medalhas de ouro usando tênis dos Dassler.
           Foi em 1948, depois de um desentendimento, que Adolf criou então a Adidas e seu irmão Rudolph, criou sua principal concorrente, inicialmente como Ruda, que mais tarde virou a Puma (vide origem da marca Puma neste blog).
          O logo da Adidas representa uma montanha e os obstáculos que as pessoas precisam superar.
          No início de 1993, o empresário francês Bernard Tapie vende a Adidas. A venda pegou os executivos da filial brasileira da companhia de calças curtas. Em São Paulo, eles haviam acabado de reestruturar a fabricação e as vendas das roupas da marca, que envolviam mais de dez empresas. Daquele momento para a frente, todas as peças de vestuário seriam feitas e comercializadas apenas pela Drastosa. Na França, o affaire da venda da Adidas ganhou corpo com as denúncias dos políticos conservadores. Eles queriam saber como Tapie conseguiu convencer o banco estatal Crédit Lyonnais e duas seguradoras recém-privatizadas a aumentar sua participação acionária na Adidas, reforçando o pool de investidores que ficou com os 78% de ações que pertenciam ao empresário. O negócio rendeu a Tapie 371 milhões de dólares.
          Em 2005, a Adidas adquire a americana Reebok, por 3,8 bilhões de dólares - quase 9 bilhões de reais.
          Ao comprar a Reebok, a Adidas demonstrou estar ciente de sua debilidade. Célebre por investir em tecnologia e qualidade, a marca é reverenciada por atletas profissionais que prezam a performance acima de tudo. Mas, quando se trata de escolher um par de tênis que pode ser usado tanto na academia de ginástica quanto para tomar um chope, o sujeito comum prefere a Nike.
          O objetivo da compra também era desafiar o domínio da concorrente Nike nos Estados Unidos. O jogo ficou bem mais parelho.
          Em 16 de fevereiro de 2021, a Adidas anunciou que irá descontinuar as operações da marca Reebok, que havia adquirido em 2005 por quase US$ 4 bilhões. A empresa diz que a decisão faz parte de sua nova estratégia de cinco anos. “Como resultado dessa revisão [de estratégias], a empresa decidiu agora iniciar um processo formal de desinvestimento da Reebok”, disse em nota publicada em seu site.
(Fonte: revista Exame - 03.03.1993 / revista Forbes Brasil - 29.03.2002 / revista Exame - 17.08.2005 / MSN Economia e Negócios - 29.10.2015 / Valor - 16.02.2021 - partes)

Aché

          Um dos fundadores do laboratório Aché, o empresário Victor Siaulys era filho de imigrantes lituanos. Teve uma infância simples e os primeiros empregos foram como vendedor de peixe e office-boy. Com esforço, conseguiu uma vaga e um diploma na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Mas foi como propagandista do laboratório farmacêutico Squibb, nos anos 1960, que o jovem advogado definiu sua carreira.
          Em 1965, uniu-se a dois amigos da Squibb, Adalmiro Baptista e Antônio Depieri, com a ideia de criar uma loja de móveis na Lapa. Acabaram fundando uma empresa de representação para a venda de medicamentos, a Prodoctor.
          Um ano depois, em 1966, os sócios compraram uma pequena fábrica e, inusitadamente, optaram por usar o nome da marca adquirida: Aché.           
          No decorrer dos anos, o Aché se acostumou ao modelo de copiar fórmulas químicas estrangeiras para produzir localmente medicamentos chamados "similares".
          Em 1990, o Aché adquire 42% da americana Schering Plough do Brasil.
          Em 1997, a empresa foi duramente afetada pela adoção da Lei de Patentes pelo Brasil. Sem poder usar fórmulas pesquisadas por terceiros, a Aché viu seu modelo de negócios se deteriorar.
          Nas reuniões de diretoria, a falta de consenso sobre como reagir no novo cenário opôs representantes dos Depieri e Baptista. As divergências se agravaram em 2001, quando os norte-americanos da Schering Plough Corporation fizeram uma proposta para recomprar a fatia de 42% na Schering Plough do Brasil.
          No auge dos debates sobre aceitar ou não a oferta da corporação norte-americana - que, dizia-se, embutia um prêmio de 25% sobre o valor econômico dos papéis -, Depieris e Baptistas trocaram acusações de incompetência e falsidade ideológica, apontando até atas de reunião que supostamente foram forjadas.
          Desde 2003, no entanto, o laboratório recruta profissionais no mercado para tocar as tarefas executivas. Eloi Bosio foi o primeiro presidente não sócio desde a fundação. Em 2006, ano em que o grupo reestruturou sua administração, Bosio passa o bastão para José Ricardo Mendes da Silva.
          Em 2005, o Aché compra o laboratório farmacêutico Biosintética, do empresário Omilton Visconde Júnior por 600 milhões de reais.
          Em 2010, a presidência do board era do patriarca da família Baptista, Adalmiro Baptista.
          Victor Siaulys morreu em março de 2009, depois de ter superado um câncer na tireoide, de pele e de próstata e de ter se tratado da leucemia. Depiere morreu no mesmo ano e Baptista, em 2016.
(Fonte: Gazeta Mercantil - 23.03.2009 / revista Capital Aberto - maio de 2010 / Valor - 09.05.2017 - partes)

         

Açominas

          A Açominas - Aços Minas Gerais, foi fundada nos anos 1970, em Ouro Branco, a 100 quilômetros de Belo Horizonte.
          Em seus tempos de estatal, nunca deu um lucro que proporcionasse um retorno minimamente aceitável para o capital investido. Se tivesse continuado nas mãos do governo, provavelmente teria permanecido a mesma. Não haveria dinheiro para novos investimentos e a gestão governamental a manteria engessada e como um cabide de emprego.
          Em setembro de 1993, a Açominas foi privatizada. O leilão é vencido pelo consórcio formado pela CEA (Fundo de Participação Acionária dos Empregados da Açominas - CEA, possibilitando aos funcionários a compra de 20% das ações no leilão de privatização da Açominas), Grupo Mendes Júnior, Banco Econômico, BCN, BEMGE/Credireal, CVRD e Aços Villares. Primeiro acordo de acionistas garante o controle acionário da empresa para o Grupo Mendes Júnior e o CEA.
          No início de sua vida como empresa privatizada, a Açominas sofreu uma sangria de dinheiro. Sob administração do grupo mineiro Mendes Júnior, líder do consórcio que a arrematou em leilão, a empresa chegou a ter um prejuízo de 600 milhões de dólares.
          A companhia foi salva por um rearranjo societário. Em 1995, a Mendes Júnior e seus sócios - Bemge, Credireal e BCN - deixaram a sociedade, entregando o controle ao grupo gaúcho Gerdau, que passou a dar as cartas na empresa, e à Natsteel, uma siderúrgica de Cingapura.
          O grupo Gerdau e a Natsteel passam a participar efetivamente da sociedade em 1997 e assinam, juntamente com o CEA, o novo acordo de acionistas.
          Em 2000 o lucro, de 101 milhões de dólares, para uma receita de 651 milhões, foi o maior da história. O número de funcionários diminuiu de 6.000 para 3.300. A produtividade triplicou nos primeiros sete anos após a privatização.
          Em 2002, o grupo Gerdau compra ações da Natsteel e assume posição majoritária no controle acionário da Açominas. Acordo de acionistas passa a ter dois signatários, Gerdau e CEA.
          Em novembro de 2007, é dado início à operação do novo alto-forno da Gerdau Açominas, construído em apenas 22 meses de obra, onde foram aplicados US$ 1,5 bilhão, resultado do maior investimento da história do Grupo Gerdau no Brasil. A produção anual da maior siderúrgica do grupo passou de 3 para 4,5 milhões de toneladas de aço.
(Fonte: revista Exame - 30.05.2001 / 21.11.2007 / Wikipédia - partes)

ADM (agronegócios)

          Centenária empresa americana de agronegócios, a Archer Daniels Midland (ADM) é uma das maiores empresas do setor do mundo, líder na produção de etanol nos Estados Unidos e, no Brasil, além de explorar a produção de óleo de palma, no estado do Pará, produz óleo de soja das marcas Concórdia e Corcovado, que antes pertenciam à Sadia. A ADM tem a segunda maior capacidade instalada de biodiesel do Brasil. Tem fábricas em Campo Grande (MS), Rondonópolis (MT) e Uberlândia (MG).
          Na matriz, em maio de 2006, a executiva Patricia Woertz assume o comando da empresa.
          De volta ao Brasil, em 2013 começa a ganhar corpo a produção de óleo de girassol com a aquisição de planta de esmagamento de grãos em Campo Novo do Parecis (MT), região em que a empresa passou a apostar no plantio e a concentrar a compra de matéria prima onde estão seus fornecedores incentivados pela companhia a aumentar o plantio.
          Presente no porto de Santos desde 1997, em 2016, a ADM investe R$ 287 milhões para minimizar os efeitos de poluição nas operações com grãos. O investimento também resultará em aumento da capacidade de seu armazém.
          Depois de quatro anos de trabalho e um investimento de R$ 240 milhões, a ADM inaugura, em junho de 2017, em Campo Grande (MS), sua terceira planta de proteína de soja, a primeira desse tipo no hemisfério sul.
          Em 16 de agosto de 2018, a ADM anuncia aos seus funcionários no país a conclusão da compra da Algar Agro, divisão agrícola da empresa brasileira de telecomunicações. 
          Em 11 de janeiro de 2019, a ADM anunciou a compra da unidade Florida Chemical, da Flotek Industries, por US$ 175 milhões. A empresa é especializada em sabores e fragrâncias baseadas em frutas cítricas.
          No início de janeiro de 2020, a ADM anunciou, em Chicago, a aquisição da Yerbalatina, fabricante de extratos e ingredientes à base de plantas com sede em Colombo, na região metropolitana de Curitiba.
          Com um faturamento global na faixa dos US$ 70 bilhões por ano, a Archer Daniels Midland é a segunda maior produtora de alimentos do mundo, só perdendo para a suíça Nestlé, e à frente da Bunge e da JBS.
(Fontes: revista Exame - 30.08.2006 / jornal Valor Econômico - 27.12.2014 / revista Época Negócios - outubro 2015 / jornal Valor International edition - 03.02.2016 / 08.06.2018 / 16.08.2018 / Época Negócios - 11.01.2019 / Valor - 07.01.2020 - partes).

Acer

          Muito se fala sobre a fúria de crescimento dos chamados Tigres Asiáticos (pelo menos antes da crise de 1997), mas pouco se conhece dos empreendedores que estão por trás desses países. Na pequena Ilha de Formosa quem quiser contar a história de como cresceram as garras desse tigre no início dos anos 1990 terá certamente de conhecer Stan Shih.
          No começo da década de 1970, com 25.000 dólares no bolso, Shih criou uma empresa de computadores, a Acer.
          A Acer de Shih é o que se pode chamar de paradigma das empresas high-tech dos Tigres Asiáticos. E Shih, um dos melhores exemplos de entrepreneur daquela região. Nascido em 1944 em Lunkang, um vilarejo de pescadores na costa sudoeste de Formosa, Shih passou a infância vendendo ovos de pata para ajudar a sobrevivência da família. Até graduar-se em engenharia, em Formosa, em 1971, enfrentou sérias dificuldades, típicas de outros chineses de sua idade.
          Quando trabalhou na Unitron, em seu primeiro emprego como engenheiro, Shih projetou, desenvolveu e comercializou a primeira calculadora de mesas de Formosa. Já na Qualitron, para onde se transferiu logo depois, liderou o primeiro projeto de pen watch do mundo, as canetas com diminutos relógios de cristal líquido que se difundiram pelo planeta nos anos 1970.
          Na Acer, o primeiro produto foi um microprocessador vendido com preço muito baixo. Ele foi o precursor da entrada da empresa no circuito internacional dos negócios.
          Shih transformou a Acer na única companhia asiática não japonesa a participar do grupo de líderes de fabricantes mundiais de computadores pessoais.
          No Brasil, a Acer tem planos de longo prazo. Tinha um representante desde 1992, a ACBr, que era o distribuidor da companhia.
          Quase vinte anos depois, em 1992, de suas linhas de montagem saía um computador a cada 15 segundos. Naquela época, a Acer tinha um faturamento anual de 1,2 bilhões de dólares.
(Fonte: revista Exame - 04.08.1993) 

ACT Networks

          A ACT Networks é uma pequena empresa fabricante de equipamentos de telecomunicações, sediada em Camarillo, nos arredores de Los Angeles.
          Braço da Promon Engenharia nos EUA, a ACT abriu o capital na Nasdaq no dia 5 de maio de 1995. A Promon, com sede em São Paulo, tinha 22%  do capital da ACT.
          Os 30 milhões de dólares captados seriam utilizados na expansão da empresa, com novos produtos, e em marketing nos 56 países onde a ACT já atuava.
          A empresa disputava o mercado de equipamentos para transmissão integrada de voz, dados, fax e redes multimídia. Era um setor pequeno, de 250 milhões de dólares no mundo, mas que, segundo especialistas, deveria atingir 2 bilhões dois nos depois.
          Para a Promon, os investimentos na ACT faziam parte da estratégia de obter mais receita fora do país. Em 1994, o mercado externo representou cerca de 5% dos 316 milhões de dólares que a empresa faturou.
(Fonte: revista Exame - 07.06.1995)

ACS

          A ACS foi fundada por Alexandre Zaramella, Leandro Maia e Bruno Miranda, em São José dos Campos, interior de São Paulo. A ideia de produzir aviões no Brasil surgiu quando Zaramella e seu sócio, Leandro Maia, trabalhavam na Airbus. Após sete anos como engenheiros na Embraer, onde participaram da criação dos jatos ERJ 145, EMB 170 e EMB 190, passaram um ano na Inglaterra trabalhando nos dois novos aviões da empresa europeia, o jato de passageiros A350 e o cargueiro militar A400M.
          De volta ao Brasil, após criarem a ACS, decidiram entrar no mercado em um segmento específico, o de aeronaves leves esportivas (LSA, na sigla em inglês) com seu ACS-Sora. Com pequenas modificações, o Sora é a versão comercial do desenho original, criado pelo professor Cláudio Barros, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
(Fonte: revista IstoÉDinheiro - 21.01.2009)

Academia do Café

     A Academia do Café tem sede em Belo Horizonte. O ponto alto é a seleção de grãos: para o expresso e demais variações de preparo, como cappuccino, é usado um blend próprio, cuja composição varia a fim de manter um bom equilíbrio entre acidez e doçura. Nos filtros, como o cada vez mais onipresente Hario V60 e a prensa francesa, entram microlotes, um deles produzido por Henrique Cambraia em Santo Antônio do Amparo, no sul de Minas Gerais.
     A casa também serve a curiosa combinação entre café extraído a frio - o chamado cold brew -, água de coco e gelo.
     Em São Paulo, a Academia do Café chegou em maio de 2017 e desde então ocupa o endereço da Rua Fradique Coutinho, Vila Madalena, que antes abrigava o Ekoa Café, cujos donos são parceiros nessa empreitada.
(Fonte: revista Veja São Paulo - 19.07.2017)

Adriática / Original (cervejas)

Cerveja Adriática       
          A Companhia Cervejaria Adriática (originalmente Cia. Cervejaria Adriática S.A.), produzia, em 1911, as marcas Operária, Primor, Brilhante e Cachorrinha. Na fusão com a Companhia Antarctica Paulista, em 1945, apenas a cerveja Original foi mantida no portfólio. A Companha Antarctica Paulista se uniu à Cia. Cervejaria Brahma, em 1999, formando a AmBev.
          Em outubro de 2015, a AmBev relança a Adriática - puro malte. Quem passa a produzir é a Antarctica e é distribuída em garrafas de 600ml. Ela tem aproximadamente 10 IBUs (unidades de amargor), é menos amarga que a Serramalte,  Tem uma coloração dourada brilhante, puxando para uma tonalidade mais acobreada. No aroma, um dulçor do extrato de malte presente, somado com um herbal. No paladar. o amargor é equilibrado e leve, mas não remanescente. É encontrada em 500 pontos de venda distribuídos entre Rio de Janeiro, Ponta Grossa, Curitiba, São Paulo e Ribeirão Preto. Os bares que a servem prezam as cervejas de garrafa de 600ml.
          O lançamento aconteceu no Boteco Original, na cidade de Ponta Grossa, Paraná. A cerveja, com novo rótulo "super premium" foi feita na fábrica recém inaugurada e pegou emprestado a receita da cerveja que era produzida na cidade no início do século 20 e que circulou até 1945.
          A Adriática que volta, é precursora da Original. Ela é puro malte e uma das marcas que acabou ficando para trás na fusão da Companhia Cervejaria Adriática e Companhia Antarctica Paulista. Sabor agradável, leve, amargor levíssimo e aromas levemente herbais.
          É uma homenagem à Companhia Cervejaria Adriática e às raízes pontagrossenses da empresa.

Cerveja Original
          A história da cerveja Original começou em 1906, quando um jovem chegado da Alemanha, Henrique Thielen, fundou a Cervejaria Adriática, em Ponta Grossa, onde hoje está instalado o ‘Shopping Antartica’. Utilizando equipamentos trazidos de seu país natal, Henrique produziu seus primeiros rótulos: Operária, Primor, Brilhante e Cachorrinha.
          Posteriormente, a cerveja Adriática entrou em circulação. Em 1928, a cervejaria passou a produzir a cerveja Original tipo Pilsen. No seu rótulo constava “Para amantes de cerveja fortemente dosada com lúpulo, e que ganhou distribuição para o Rio e São Paulo. Em 1945, a família Thielen vendeu a Cervejaria Adriatica para a Cia. Antarctica Paulista. Foi aí que ela ganhou o nome que tem até hoje: Antarctica Original. O rótulo ainda mantém alguns elementos originais – como o fundo amarelo, a tipologia e o losango azul com a inscrição “pilsen”. Hoje a Original faz parte do portfólio da Ambev.
(Fonte: site Maria Cevada, por Amanda Henriquezs / MHM, por Leonardo Filomeno - partes)

Aço Cearense

     O grupo Aço Cearense foi fundado por Vilmar Ferreira, cearense nascido em 1950 no pequeno município chamado Marco, cuja referência principal é ser próximo da turística Jericoacoara, no noroeste do Ceará.
     Vilmar (como é conhecido por todos) sempre "foi bom de conta". Lembra que era o melhor aluno da sua classe em matemática e, com facilidade, solucionava questões que desafiavam a habilidade em cálculos do professor. Mas Vilmar estudou apenas até a sétima série. Quarto filho em uma família de 13 irmãos, ele precisou começar a trabalhar precocemente. As aulas mais avançadas de matemática que teve foram práticas no mundo dos negócios. A vida era repleta de necessidades para o  jovem Vilmar. Se nunca chegou a dormir de barriga vazia, pode-se dizer que não passou muito longe disso. Teria, algumas vezes, dividido um ovo com o irmão no jantar.
     Com 15 anos, já fora da escola, Vilmar largou o trabalho com os pais na roça e virou comerciante de ovos e galinhas. Também matava porco, boi, cabra, cortava em pedacinhos, e saía vendendo em cima de um jumento. Ou nas costas mesmo.
     Quando completou 19 anos, em 1969, Vilmar deixou Marco com destino à capital Fortaleza. Empregado em um mercadinho de subúrbio da capital, o empresário conta que ganhava um terço de um salário mínimo. Não demorou muito e ele foi promovido a gerente da loja. Como o patrão não falou em ajustar o salário, Vilmar também não quis tocar no assunto. Mesmo sem o aumento da promoção, conseguiu juntar algumas economias. Somado com outro tanto de um dos irmãos, Vilmar montou uma pequena mercearia e conforme prosperavam os negócios, foi trazendo irmãos, pais e cunhados de Marco para uma vida mais promissora em Fortaleza.
     O empresário já passava dos 25 anos quando um acidente de automóvel o obrigou a passar três meses afastado dos negócios. E se o olho do dono engorda o boi (como diz o ditado), sem o olho do dono a mercearia quebrou. Ele perdeu tudo. O recomeço foi montar um pequeno depósito de bebidas. Os negócios iriam bem não fosse o fato de o setor de bebidas não ser "abençoado" segundo Seu Francisco, pai de Vilmar, religioso, que argumentou que "não estava feliz com o ramo do filho, que vender bebida não traz felicidade para o homem". Foi o que bastou para que uma semana depois, Vilmar vendesse todo negócio para começar do zero, de novo. Mas desta vez não mais mudaria de ramo.
     Com o dinheiro da venda do depósito, o empresário montou uma pequena loja de aço, com dois funcionários. Era o embrião do grupo Aço Cearense que hoje conta com quatro empresas: uma siderúrgica em Marabá, no Pará (a Sinobras, que fabrica aços longos, como vergalhões), uma distribuidora de aço (a Aço Cearense Comercial), uma plantação de eucalipto no estado do Tocantins (a Sinobras Florestal) e uma indústria de tubos e perfis (a Aço Cearense Industrial). Além disso, o grupo tem uma participação de 1% na hidrelétrica de Belo Monte.
     Cerca de 35% dos gastos de produção do grupo Aço Cearense está ligado a importações. A empresa é uma das maiores distribuidoras de aços planos do país, com material importado de várias origens, o que torna importante o país ter o câmbio valorizado. Da pequena loja de aço o empresário formou o grupo com 4,8 mil funcionários diretos e faturamento ao redor de R$ 2,3 bilhões.
     No início de maio e 2017, com débito de R$ 1,8 bilhões, incluindo bancos e fornecedores o Grupo Aço Cearense pede proteção contra a falência, buscando evitar a inadimplência de sua dívida em meio a turbulentas negociações com credores. Segundo a senhora Alice Ferreira, filha do fundador e CFO de grupo, a empresa pretende manter os 3.800 funcionários e seguir um plano mais realista de pagamento de débitos.
(Fonte: jornal Valor online - 03.12.2014 / 09.05.2017 - partes)

Agip

           A Agip - Azienda Generale Italiana Petroli, pertence ao grupo italiano ENI - Ente Nazionale Idrocarburi, fundado por Enrico Mattei, em 1952. Logo depois da fundação da empresa Mattei anunciou na revista Domus um concurso da Agip, aberto a artistas. O concurso premiaria símbolos e cartazes que melhor representassem a empresa. Logo após a divulgação do resultado, Enrico instalou os cartazes e símbolos ganhadores às margens da rodovia que levava a Tarvisio. Acreditava que assim, teria melhores condições para avaliar o impacto de cada peça e escolher o vencedor final. Em companhia de Alberto Ali, então responsável pela publicidade da Agip, passou várias vezes de carro em frente aos cartazes e em determinado momento, diante do cartaz do cachorro de seis patas, exclamou: é este aqui. Basta e não se fala mais nisso.
           Na ficha de inscrição do concurso, constava o nome do criador do cachorro: Giuseppe Guzzi. O seu cachorro, um tanto exótico, foi pintado em preto sobre o fundo amarelo. Tinha seis patas, um porte felino e soltava uma labareda vermelha pela boca. Mas, na verdade, o Cachorro Agip não nasceu das mãos de Giuseppe. Ele foi desenhado, pela primeira vez, pelo escultor Luigi Broggini, num guardanapo de papel numa tratoria de Milão, muito antes do lançamento do concurso.
           Por ser escultor, Broggini sentiu-se acanhado em participar de um concurso publicitário, usando seu próprio nome. Por este motivo, Broggini pediu ao seu ex-aluno Giuseppe Guzzi, que justamente trabalhava numa empresa de publicidade, que "emprestasse" seu nome à obra criada por ele. E o símbolo se perpetuou. Até hoje, o "cachorro de seis patas" criado por Broggini, representa as empresas do grupo ENI, em todo o mundo. Broggini faleceu em 1983 e Guzzi, pouco depois do concurso desapareceu, com alguns comentários esparsos de que teria ido para a Argentina. Dele ninguém mais obteve notícias.
           No Brasil, a Agip comprou inicialmente a Liquigás (vide origem da marca Liquigás neste blog), distribuidora de GLP, gás liquefeito de petróleo. Muito tempo depois, com o propósito de se fortalecer na distribuição de gasolina e outros derivados de petróleo, adquiriu, em 1998, a Cia. São Paulo, rede com 1.100 postos de serviços de combustível, então com 5% de participação no mercado.
           Na distribuição de GLP, o chamado gás de cozinha, a Agip decidiu colocar seu nome junto ao da Liquigás, buscando sinergias em termos de marketing, talvez até por sua relativa grande exposição na Fórmula 1. Mudou então o logotipo para "AgipLiquigás" e passou por um gigantesco processo de alteração dos botijões, da pintura dos estabelecimentos de seus revendedores, caminhões, etc. Algum tempo depois, porém, notou que o esforço tinha sido em vão. Utilizando-se de uma pesquisa, foi fácil notar que a identificação da marca estava prejudicada, a ponto de alguns consumidores acharem que se tratava de concorrente. Voltou a estampar apenas "Liquigás", sempre acompanhado do cãozinho de seis patas soltando fogo pela boca, símbolo da Agip na Itália, desde a década de 1950 e que era chamado carinhosamente, por muitos na Liquigás, de "lobinha".
          No primeiros meses de 1999, a Agip Oil arrematou, sozinha, um bloco para exploração de petróleo na Bacia de Santos por 134 milhões de reais e um ágio de 53.000%. Muita gente qualificou de maluquice o valor do lance. Apesar dessas críticas, o presidente da empresa no Brasil, Rocco Valentinetti, manteve o "nariz empinado", segundo definição de gente do setor. Poucos meses depois, com o anúncio de que a Petrobras descobrira na mesma área um megacampo com reservas potenciais de 600 milhões a 700 milhões de barris - avaliadas em 10 bilhões de dólares - indica que a Agip sabia o que estava fazendo ao entregar sua proposta.
           Em maio de 2004, a Liquigás é adquirida pela Petrobras junto à Agip, por meio da coligada BR Distribuidora, por US$ 450 milhões. O negócio incluiu os ativos de lubrificantes e 1600 postos de combustíveis em dez estados que incluía as marcas Ipê e Companhia São Paulo. A empresa italiana decidiu reduzir seus negócios no Brasil, aparentemente depois de uma frustrante derrota para a BP (British Gas) e Shell, na aquisição da Comgás, até então pertencente ao Estado de São Paulo e responsável pela distribuição de gás natural em região de gigantesco desenvolvimento, abrangida pelos municípios de Sorocaba, Campinas e São José dos Campos e todos os municípios vizinhos, mais a Baixada Santista e a Grande São Paulo.
(Fonte: jornal interno da AgipLiquigás - Light / Agip Notícias Nov/dez.1998 - partes)

Aena

          A espanhola Aena Desarollo Internacional é o maior operador aeroportuário do mundo em número de passageiros por ano. A empresa é controlada pelo governo espanhol que detém uma participação de 51%. As demais ações são negociadas em bolsa de valores. A Aena opera em 17 países.
          No leilão de privatização de aeroportos brasileiros realizado em março de 2019, a Aena foi vencedora no bloco do Nordeste, o que selou sua entrada no Brasil. A empresa dividiu a disputa com a Zurich e o consórcio Região Nordeste - formado pela gestora brasileira Pátria com a alemã C. Durante o viva-voz, a oferta da Aena, que foi assessorada pelo Bank of America, se manteve na liderança pelo bloco quase todo o tempo.
          As outras duas concorrentes protagonizaram uma disputa pelo segundo lugar, ambas se posicionando estrategicamente para o caso de a espanhola ter problemas na habilitação e ser excluída da disputa.
          Faltando 15 segundos para o encerramento do pregão, contudo, a Zurich elevou sua proposta para R$ 1,851 bilhão. Em seguida, a Aena cobriu a concorrente com a proposta de R$ 1,9 bilhão, ágio de 1.010,69%, e se sagrou vencedora. Segundo uma fonte, a espanhola tinha fôlego para fazer uma proposta ainda maior pelo lote.
          O bloco do Nordeste engloba os aeroportos do Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju (SE), Juazeiro do Norte (CE), João Pessoa (PB) e Campina Grande (PB).
          Juntos, os aeroportos do Nordeste devem ter uma movimentação de 13,2 milhões de passageiros em 2019, volume que deve chegar a 41 milhões de passageiros por ano em 2049, segundo as projeções da Anac.
          Em 18 de agosto de 2022, a Aena arrematou por R$ 2,45 bilhões um bloco SP-MS-PA-MG de 11 aeroportos, que inclui o terminal de Congonhas, em São Paulo, segundo mais movimentado do país em número de passageiros. Único interessado no lote, o consórcio espanhol ofereceu um valor 231,02% acima do lance inicial mínimo, de R$ 740,1 milhões. Também integram o bloco os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, Santarém, Marabá, Carajás/Parauapebas e Altamira, no Pará, e Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, em Minas Gerais.
          Hoje, a empresa opera terminais em Recife (Pernambuco), Maceió (Alagoas), João Pessoa (Paraíba), Aracaju (Sergipe), Juazeiro do Norte (Ceará) e Campina Grande (Paraíba). Globalmente, o grupo opera 46 aeroportos na Espanha (incluindo Barajas, em Madri), um no Reino Unido (Londres-Luton), 12 no México, dois na Colômbia e dois na Jamaica.
          Em 17 de outubro de 2023, a Aena assume a operação do aeroporto de Congonhas, o mais movimentado do país, com planos de ampliar o terminal de passageiros e revitalizar o aeroporto de São Paulo. A companhia tem até junho de 2030 para finalizar as obras, conforme o contrato de concessão. No entanto, a meta é entregar até junho de 2028 as iniciativas previstas na fase IB, que incluem a construção de um novo terminal de passageiros. A Aena pretende praticamente duplicar a área do terminal, passando dos atuais 40 mil metros quadrados para 80 mil metros quadrados, segundo o diretor presidente da concessionária, Santiago Yus.
(Fonte: jornal Valor - 15.03.2019 / UOL - 18.08.2022 / Valor - 19.08.2022 / Estadão - 26.09.2023 - partes)

ADP

          Em 1949, um jovem contador chamado Henry Taub iniciou um negócio que era único no passado: ele oferecia um serviço capaz de processar a folha de pagamento de qualquer empresa. Henry completou seu primeiro ano com meia dúzia de clientes estáveis e lucros de US$ 2,000. Logo ele se uniu ao seu irmão mais novo, Joe, e a um amigo comum, Frank Lautenberg. Juntos, eles criaram a Automatic Data Processing, Inc., conhecida hoje como ADP.
          Já em 1955, eles direcionaram seus esforços para a terceirização que só passou a ter presença forte no mercado décadas mais tarde. Para vender os serviços, a ADP começou a educar o mercado sobre o conceito de outsourcing, ou terceirização. O desafio era convencer empresários e contadores de que a ADP processaria em menor tempo suas folhas de pagamento e ao mesmo tempo, garantiria o sigilo das informações.
          Em 1957 a ADP mudou seu processamento manual de folhas de pagamento para um sistema automatizado usando cartões perfurados. A decisão, muito arriscada para a época, preparou a empresa para a introdução do processamento em mainframe.
          A companhia se tornou conhecida em 1961, expandindo seus serviços originais para abrigar também as principais necessidades de informação sobre folha de pagamento e Recursos Humanos dos empregadores, fossem eles grandes ou pequenos. Denominado Employer Services (Serviços para Empregadores), esse é o mais antigo negócio da ADP.
          Em 1962, a ADP abriu um centro de dados independente no distrito financeiro de Nova York, para fornecer suporte às corretoras de valor de Wall Street. A Brokerage Services, da ADP, fornece serviços de processamento de apólices e comunicações aos investidores para empresas em todo o mundo.
          A ADP Brasil foi fundada em 1966.
          A empresa adquiriu, em 1980, uma pequena empresa de serviços de avaliação de danos de veículos. A Claims Services conecta as maiores empresas de seguro, oficinas e serviços de reciclagem de partes automotivas em vários continentes, com dados essenciais para auxiliar os clientes a operar melhor seus negócios.
          Com o crescimento da Internet, em 1998 a ADP lançou o EasyPayNet. Com ele, as empresas poderiam enviar e receber informações, sendo o início dos serviços de Cloud Computing (computação em nuvem) atuais.
          Em 2009 a ADP continuou a inovar e lançou seus serviços via aplicativos de smartphone nos EUA.
          Considerando dados do final de 2019, a ADP tem faturamento aproximado de 10,9 bilhões de dólares e cerca de 740 mil clientes em todo o mundo. Todos eles são assessorados por 55 mil empregados, mais da metade deles são também acionistas da empresa.
          A Dealer Services tem mais de 14.000 clientes, incluindo revendas, distribuidores e indústrias automobilísticas em 50 países. No Brasil atende mais de 4.000 empresas com as suas soluções para Folha de Pagamento e Recursos Humanos. Atualmente, a solução está totalmente desenvolvida em plataforma web, oferendo todas as vantagens do Cloud Computing.
(Fonte: site da empresa)

Adria / Isabela / Zabet / Basilar

Adria
          A fábrica de biscoitos e massas Adria foi criada em 1951, em São Geraldo, Porto Alegre, por uma família de imigrantes italianos.
          Em setembro de 1994, a Adria pertencia à Borden, empresa americana dos setores alimentício e químico.
          No final da década de 1990, a Adria foi adquirida pelo grupo argentino Macri.
          Em 2003, a Adria é adquirida pela M. Dias Branco.

Isabela
          Em 1954, com apenas seis funcionários, a Massas Alimentícias Ltda. é fundada na Colônia Dona Isabel, na cidade gaúcha de Bento Gonçalves, situado a 121 quilômetros de Porto Alegre, por quatro amigos comerciantes e agricultores que viram a necessidade de comercializados de massas na região.
          No ano seguinte, 1955, o  prédio de 160 metros quadrados recebeu os primeiros equipamentos industriais iniciando a produção das massas alimentícias.
          Três anos depois, em 1958, todo o maquinário foi trocado, triplicando a produção e aumentando a qualidade.
          Em 1959, tem início a distribuição de biscoitos e a torrefação do Café Puro Pio XI.
          A homenagem à ex-colônia Dona Isabel foi feita em 1963, com a criação da nova razão social da empresa, que passa a se chamar Isabela Produtos Alimentícios.
          O ano de 1967 foi marcado pela dinamização da estrutura operacional da empresa, modernização de embalagens, lançamentos de produtos, aperfeiçoamento do sistema de vendas e entregas. Foi inaugurado o primeiro depósito da Isabela em Porto Alegre e novos caminhões foram adquiridos.
          Em 1974, foi concretizada a construção de um novo parque industrial, de 150 mil metros quadrados para a  produção de massas e biscoitos.
          No primeiro semestre de 1997, a empresa foi adquirida pelo grupo argentino Socma, comandado pelo empresário Francisco Macri. A compra foi feita através da coligada Canale.
          Mais tarde, a empresa passa para as mãos da gigante M. Dias Branco.
          Em maio de 2017, a M. Dias Branco iniciou a construção, com investimento de R$ 300 milhões com recursos próprios, de seu novo moinho em Bento Gonçalves. A inauguração, no mesmo local onde a empresa já conta com uma fábrica de biscoitos e massas da marca Isabela, acontece em junho de 2019. A partir de então, a fábrica tem o abastecimento de matéria-prima garantido exclusivamente para a empresa.

Zabet
          A história da fábrica de biscoitos Zabet começou em 1960, em Lençóis Paulista, interior do estado de São Paulo, pelas mãos de imigrantes espanhóis que haviam chegado ao Brasil em 1955. Desde a fundação, a empresa trouxe em sua filosofia e seus produtos o sentimento de família unida. Do tamanho família das embalagens à qualidade primorosa dos biscoitos, a Zabet está presente em muitos momentos e lembranças felizes, há várias gerações.
          Em outubro de 1997, a Zabet foi adquirida pelo grupo Argentino Socma, comandado pelo empresário Francisco Macri. A compra foi feita através da coligada Canale.

Basilar
          Em 1964, numa época em que fazer macarrão de qualidade era um privilégio de poucos, a fabricante de massas Basilar, um modesto pastifício de Jaboticabal, interior de São Paulo, se propôs a comercializar a sua receita especial de família, aquela com sabor irresistível, passada de mãe pra filha, feita com amor e que sempre fica no ponto certo. Trazendo em seu próprio nome o significado de "fundamental" e "base de tudo", o pequeno comércio logo expressou sua personalidade e ficou conhecido como fabricante do "macarrão de verdade".
          No ano de 1996 a empresa foi adquirida pelo grupo argentino Socma, comandado pelo empresário Francisco Macri. A compra foi feita através da coligada Canale.


Adria / Isabela / Zabet / Basilar
          Em 1999, foram consolidadas as empresas Adria e Basilar e, posteriormente, a Zabet e Isabela.
Adria, Isabela, Zabel e Basilar pertenciam então ao grupo Socma - Sociedad Macri, um dos maiores grupos da Argentina, pertencente ao empresário Francisco "Franco" Macri.
          As quatro companhias foram integradas em 2001, sob o guarda-chuva da Adria Alimentos do Brasil. A partir de então, a Adria, com forte projeção no cenário nacional, passa a ter o controle de três marcas regionais, a Basilar, a Isabela e a Zabet.
          Em 2003, a Adria foi adquirida pelo grupo M. Dias Branco, de Fortaleza, líder nacional na fabricação e venda de biscoitos e massas alimentícias, atuando ainda nos segmentos de moagem de trigo, refino de óleo, gorduras, margarinas e cremes vegetais, além dos setores imobiliários e de hotelaria, estando presente em todo o território nacional.
          Em 2012, a Adria Alimentos do Brasil Ltda. foi incorporada à M. Dias Branco S.A. Ind. e Com. de Alimentos, tornando-se uma única empresa.
(Fonte: site das empresas / Wikipédia / revista Exame - 19.11.1997 / 20.10.1999 / Valor -06.05.2019 - partes)