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30 de out. de 2011

Banco ABN Amro Real

Banco Real          
          O embrião do Banco Real foi como Banco da Lavoura de Minas Gerais, com sede em Belo Horizonte, fundado em 1925 por Clemente Faria. Em 1971, seus filhos Gilberto e Aloísio Faria dividiram o Banco da Lavoura em Banco Bandeirantes e Banco Real, que posteriormente foram vendidos para Caixa Geral de Depósitos (hoje Itaú-Unibanco) e ABN (hoje Santander).
          Aloysio formou-se em medicina, mas pouco exerceu a profissão. Tornou-se banqueiro com a morte do pai, Clemente Faria.
          Em novembro de 1978, o banco foi transferido para São Paulo e inaugurada a sua sede na Avenida Paulista 1374, trazendo as mais modernas formas de Centro de Processamento de Dados, o CPD no 4º subsolo, a admissão de pelo menos 800 funcionários distribuídos por seus 12 andares, como o Fundo 157, o BRI, CRI, além da presidência do banco.

ABN-AMRO
          O banco ABN-AMRO é resultado da fusão, em 1991, dos bancos ABN (Algemene Bank Nederland) e AMRO (Amsterdam-Rotterdam Bank), este último, com essa denominação adotada desde 1964.
          No Brasil, o ABN Amro está presente desde 1917. Limitava sua atuação ao banco de investimentos, que trabalhava com grandes corporações, e à financeira Aymoré, uma das principais no financiamento de veículos novos e usados.
          Na filial brasileira, no período compreendido entre meados de 1994 e meados de 1995, o quadro de pessoal do banco subiu de 1.500para 2.000 funcionários.

ABN-AMRO Real/Santander
          Em julho de 1998, coincidentemente um dia depois de o Brasil derrotar a Holanda na Copa do Mundo na França, o ABN Amro, maior banco holandês, compra o então quarto maior banco brasileiro, o Real, de seu antigo controlador Aloysio Faria (1920-2020). A qualidade teve preço. O Real custou 2,35 bilhões de reais em dinheiro, o equivalente a 2,1 bilhões de dólares da época. O preço total chegou a 3 bilhões de reais, incluindo a compra das ações de minoritários. Nesse período o ABN AMRO adquire também os bancos Bandepe, Paraiban e o Banco Sudameris (que recentemente tinha comprado o Banco América do Sul).
          Para quem queria entrar no varejo, poderia ser um ótimo negócio. O ABN Amro só atendia ao varejo na Holanda até então. A compra do Real teve dupla vantagem: era um banco redondo e sem esqueletos no armário. E os holandeses tiveram sucesso na integração. Escolher o brasileiro Fábio Barbosa para liderar a organização facilitou muito as coisas. Cercar-se de cuidados para não melindrar os funcionários do banco adquirido também. "Nosso princípio foi não queimar as pontes de comunicação com as pessoas do Real", disse Barbosa, que preservou um dos mais antigos executivos do Real, o vice-presidente, Flamarion Nunes, que conhecia profundamente o banco e evitou que se tomasse decisões erradas. Um exemplo foi o lanche da tarde na sede do Real na avenida Paulista, zona sul de São Paulo. Os holandeses surpreenderam-se com o hábito um tanto anacrônico do antigo controlador, o banqueiro Aloysio Faria, de servir pão com manteiga aos funcionários, mas a ideia de suspendê-lo de suspendê-lo não passou da primeira reunião.
          No âmbito mundial, após intensa disputa com o banco britânico Barclays, em 8 de outubro de 2007, um consórcio de bancos, formado pelo britânico RBS (Royal Bank of Scotland), o belga-holandês Fortis e o espanhol Santander anunciou a compra de 86% das ações do banco holandês ABN Amro mundial por 71 bilhões de euros. Esse é considerado o maior negócio da história da indústria bancária no mundo.
          Na decisão de quais os ativos que cada participante do consórcio comprador iria abocanhar, o Santander ficou com os ativos brasileiros. Como no Brasil o ABN Amro controlava o Banco Real, houve uma fusão com o Santander Brasil, preservando inicialmente as duas marcas.
          A fusão entre o Santander Brasil e o Banco Real (controlado até 2007 pelo ABN Amro) foi autorizada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e Banco Central do Brasil, iniciando-se em 25 de julho de 2008 com o desmembramento formal do Banco Real de seu antigo controlador holandês ABN Amro e transferência de seu controle ao Banco Santander.
          Em 2010, o Santander completou a integração de suas marcas no Brasil, extinguindo a identidade do Banco Real. Então, as agências do Banco Real passam a ter a fachada vermelha característica do banco espanhol.
(Fonte: revista Exame - 05.07.1995 / 03.04.2002 / 15.10.2003 / Wikipedia)

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