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30 de out. de 2011

Bahema

          Fundada na década de 1950, mais precisamente em 1953, em Salvador (BA), por Afrânio Afonso Ferreira, a Bahema surgiu como uma empresa de comercialização de implementos agrícolas (foi distribuidora de máquinas Caterpillar, vendida para a Marcosa S.A., em 2003). Na década de 1980, a companhia passou a aplicar seu caixa em participações em empresas, o que posteriormente se tornaria o principal negócio da companhia.
          Nos primeiros anos da década de 1990, o grupo Bahema trouxe ao Brasil a rede de lanchonetes Arby's, com investimentos calculados em 40 milhões de dólares para inaugurar as primeiras unidades brasileiras no início de 1993. A rede americana já atuava em outros doze países.
Atuando então em outros doze países, a Arby's entrou no Brasil pelas mãos do grupo Bahema, distribuidor de máquinas Caterpillar, que investiria 40 milhões de dólares para inaugurar as primeiras unidades brasileiras no início de 1993.
          Tomando-se como base setembro de 2002, comandada pelo empresário Guilherme Afonso Ferreira, a Bahema controlava empresas nas áreas de alimentos e agropecuária, tinha forte participação no Unibanco e participava do capital da gaúcha Marcopolo.
          Em 2016, ano considerado como o da fundação da holding de educação, uma nova diretoria assumiu a Bahema, passando a apostar em investimentos no setor de educação, com foco no ensino básico.
          Para colocar seu projeto em prática, Guilherme Affonso Ferreira Filho propôs ao primo, o jornalista Frederico Marques Affonso Ferreira, reunirem suas habilidades, respectivamente, financeira e comunicação/gente, e transformarem a Bahema, criada pelo avô dos dois, numa empresa de investimento em educação.
          A Bahema tem Guilherme como presidente e o primo Frederico na linha de frente. É a terceira geração da família Affonso Ferreira. Guiga e Fred, como são conhecidos, comandam a investida da Bahema no ensino básico já como seu core business.
          Em 14 de fevereiro e 2017, a Bahema anuncia a compra de 80% do capital da Escola da Vila, em São Paulo, e de 5% do capital da Escola Parque, no Rio de Janeiro, por um valor total de R$ 42,2 milhões. Ambos os colégios seguem a linha pedagógica construtivista, que defende o aprendizado como um processo ativo. Adquiriu também uma participação na escola Balão Vermelho, em Belo Horizonte. A dupla Guiga e Fred já tem uma série de contratos assinados com donos de escola.
          Em 2018, a Bahema Educação vende 37% de seu capital para o grupo Mint, por R$ 30 milhões.
          Também em 2018, a Bahema negocia a Escola Viva, localizada em São Paulo e fundada em 1974. Com 2.000 alunos, a escola possui projeto pedagógico construtivista, no qual os professores não apenas passam o conhecimento mas ajudam os alunos a construí-lo através de situações expositivas, hipóteses e atividades interativas.
          O projeto também tem como objetivo, atingir escala para alcançar a classe média e média baixa, mas somente depois de estudar escolas padrão nesse seguimento é que seriam feitas aquisições. Para tomar pé desse mercado a Bahema investe num novo pequeno mercado, Escola mais, que chega agora em São Paulo mas existe há 60 anos.
          Em fevereiro de 2019, a Bahema adquire 15% do Centro Educacional Viva, do Rio de janeiro, com 200 alunos e mensalidade na faixa de R$ 2.200,00.
          No final de setembro de 2019, a Bahema compra 60% da BIS (Brazilian International School), com sede em São Paulo, por R$ 18,9 milhões. É a primeira escola bilíngue da Bahema, cujo método poderá ser expandido para outras unidades. A BIS tem 600 alunos, com mensalidades na faixa de R$ 4.000,00 a R$ 4.800,00, um ativo cobiçado, num segmento em rápido crescimento.
          Em 30 de junho de 2021, a Bahema fechou a compra das Escolas Internacionais de Florianópolis e de Blumenau e do Colégio Tupy, em Joinville, por R$ 36,5 milhões da Ânima.
          No início de julho de 2021 a Bahema Educação concluiu as operações de investimento na Escola Mais Educação, incluindo os aportes de capital no valor total de R$ 28 milhões. A operação foi divulgada em novembro de 2020. A empresa informou em nota que com a conclusão das operações passa a deter 82,32% do capital social da Escola Mais.
          Em 1º de fevereiro de 2022, a Bahema anuncia a compra do Cursinho Intergraus. O valor não foi divulgado.
          A Bahema tem como acionista controlador a família Affonso Ferreira, dona de cerca de 57,5% do capital. A Funcef, fundo de pensão da Caixa, controla uma fatia de 20% do capital. Em 2018, a Bahema Educação vendeu 37% de seu capital para o grupo Mint, por R$ 30 milhões.
(Fonte: revista Exame - 16.09.1992 / jornal Valor online - 14.02.2017 - 21.03.2018 - 22.11.2018 - 15.02.2019 - 01.10.2019 - 01.07.2021 / 05.07.2021 / 01.02.2022 -partes)

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