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31 de out. de 2011

Armour / Swift-Armour

          No ano de 1917, duas empresas norte-americanas de Chicago, instalaram suas fábricas no Rio Grande do Sul. A Armour, em Santana do Livramento, e a Swift, em Rosário do Sul, que em 1918 fez a primeira exportação de carne congelada daquele estado.
          A unidade industrial do Frigorífico Armour, em Vila Anastácio, na capital paulista, foi concebida em 1916, para exportar carne para a Europa em guerra, mas que só entrou em operação três anos depois quando o conflito já havia terminado. Foi considerado à época o maior frigorífico da América do Sul, com capacidade para abater 240 bovinos e 300 suínos por hora.
          O imóvel, conhecido como Casarão do Anastácio, erguido na década de 1910, servia de hospedaria aos funcionários do frigorífico Armour. Quem passa pelas duas pontes de acesso da Marginal Tietê à Rodovia Anhanguera dá de cara com as ruínas da antiga mansão em estilo ibérico.        Nascido como fazenda de um coronel no início do século XVIII, o terreno, de 180.000 metros quadrados, acabou sendo vendido em 1856 à marquesa de Santos e seu marido, o brigadeiro Tobias de Aguiar. Lá surgiu uma casa de taipa em pilão para a marquesa. O local foi tombado pelo Conpresp em 2013.
          Em 1972, a Armour incorpora a Swift, passando a se chamar Swift-Armour, que foi vendida, em 1973, para o grupo Brascan/Antunes que, depois, vendeu a companhia para o Sr. Geraldo Bordon.
          Ao final da década de 1970, início dos anos 1980, o grupo criado pelo Sr. Geraldo Bordon foi considerado o maior do Brasil no setor em número de funcionários, gado abatido e carne exportada. A decadência da empresa se deu nos anos 1990 e o pedido de concordata é de março de 2000. O Grupo Bordon foi sucedido pela empresa Bertin, que tempos depois foi incorporada pela JBS Friboi.
(Fonte: Pardi, M.C. Memória da Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal no Brasil: O Serviço de Inspeção Federal – SIF. Depoimento para a História da Medicina Veterinária do Brasil, Tomo I. Conselho Federal de Medicina Veterinária, Brasília, DF, 1996.
A fonte supra foi utilizada por Pedro Eduardo de Felício, médico-veterinário, professor da FEA – UNICAMP. - 11.10.2013)
(Fonte II: revista veja São Paulo - 07.03.2018)

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